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Estado de Minas

De dentro de presídio, detentos chefiavam quadrilha flagrada com 1,3 tonelada de maconha

Depois de oito meses de investigação, policiais civis interceptaram caminhão com carregamento da droga. Seis integrantes da quadrilha estão presos


postado em 30/05/2017 17:11 / atualizado em 30/05/2017 21:07

 

O carregamento de maconha estava escondido em fundo falso de um caminhão boiadeiro(foto: Polícia Civil/Divulgação)
O carregamento de maconha estava escondido em fundo falso de um caminhão boiadeiro (foto: Polícia Civil/Divulgação)

Um esquema de tráfico de drogas chefiado por dois detentos de dentro de um presídio na Região Metropolitana de Belo Horizonte foi interceptado pela Polícia Civil, e resultou na prisão de mais quatro envolvidos que estavam em liberdade, além da apreensão de 1,3 tonelada de maconha. De acordo com as apurações, a organização criminosa trazia carregamentos da droga a cada três meses.

Foram oito meses de investigação, até que na quarta-feira passada, foi apreendida a droga em ação policial na cidade de Frutal, no Triângulo Mineiro. O carregamento de maconha estava num fundo falso de um caminhão boiadeiro.


De acordo com a Polícia Civil, foram presos Paulo Cesar Antunes Pereira, de 28 anos, Jair Siqueria, de 44, Odulio Gonçalves Martinez, de 47 e Renato da Motta Pereira, de 28. Wender Wesley Ferreira de Oliveira, de 27, e Roberth Afonso Santos Morais, comandavam a compra da droga de dentro da penitenciária.

A organização criminosa era dividida em dois núcleos. Wender Oliveira chefiva o grupo que atua no Aglomerado da Serra, Centro-Sul de Belo Horizonte. Roberth era o “patrão” da gangue do Bairro São Francisco, na Pampulha.

O superintendente de Investigação e Polícia Judiciária, delegado-geral Marcio Lobato, ressaltou o trabalho da equipe. “Foi uma ação muito importante, que resultou na prisão dos líderes da quadrilha, culminando com um duro golpe ao tráfico”, ressaltou. “É um trabalho que merece destaque e deve ser enaltecido”, completou.

O delegado Marcus Vinícius Lobo Leite Vieira, responsável pela investigação, destacou como a quadrilha agia. “De acordo com as investigações, a quadrilha trazia essa quantidade de drogas para Minas a cada três meses. Wender e Roberth se associaram dentro do presídio para trazerem grande quantidade maconha a ser distribuída em suas regiões”, assinalou.

Segundo o policial, o local escolhido para a negociação da compra do entorpecente foi a cidade de Ponta Porã (MS), que fica na fronteira do Brasil com Paraguai, grande produtor de maconha. Para escapar da fiscalização em São Paulo, os criminosos escolheram como rota estradas no Triângulo Mineiro.

“Para viabilizar a empreitada criminosa, cada um tinha, do lado de fora da prisão, um associado de confiança que resolvia os assuntos referentes ao transporte da droga”, completou Vieira. Os associados, conhecidos como gerentes da quadrilha, estão em liberdade, mas já foram identificados. As investigações seguem para descobrir outros integrantes do grupo criminoso.

Por meio de nota, a Secretaria de Administração Prisional (Seap) disse que, “a partir do momento em que tomou conhecimento do caso, começou a apuração interna imediatamente para saber se a informação procede ou não”.


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