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Estado de Minas

A jovem Nova Serrana


18/12/2011 07:17

Raimundo e Luzia gostam de Nova Serrana, mas cobram políticas para idosos
Raimundo e Luzia gostam de Nova Serrana, mas cobram políticas para idosos (foto: Nando Oliveira/Esp.EM/D.A/Press)
Uma cidade de jovens, onde cerca de 300 carteiras de trabalho são emitidas mensalmente. Assim é Nova Serrana, município a 133 quilômetros de Belo Horizonte, que, segundo os dados do IBGE, tem a menor população de idosos. O título, para especialistas, está relacionado à atividade que hoje faz fama na cidade. Nova Serrana passou a ser conhecida em Minas pelo forte comércio calçadista que atrai jovens de cidades vizinhas para o trabalho nas fábricas locais. Conforme dados do censo, apenas 4,7% dos moradores têm 60 anos ou mais e a maior parte da população está na faixa etária entre 15 e 39 anos. A cidade vem seguida de Delta, no Triângulo Mineiro, com 6,5% de idosos, e Ibirité, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, com 6,7%.

Para o historiador Willian Carlos Ferreira, o fato de a população mais velha ter “estagnado” está ligado ao crescimento da cidade nas últimas décadas. “Éramos uma cidade de 2,5 mil habitantes há 58 anos, quando Nova Serrana foi fundada. Na década de 50, tivemos esse boom do setor calçadista, que trouxe trabalhadores. Hoje, apenas 13% da população é nascida em Nova Serrana.”, declara. “O problema é que não sabemos se esses trabalhadores vão querer formar família e se estabelecer aqui ou, o que é mais provável, ir embora”, diz.

Nascido e criado em Nova Serrana, no Centro-Oeste de Minas, a 133 quilômetros de BH, Raimundo Amaral, de 74, sequer brinca com a possibilidade de se mudar para um município “mais tranquilo”, como já chegou a ser aconselhado por amigos e familiares. “Sou muito feliz”. Convencida pelo marido, Luzia da Conceição Amaral, de 69, arrumou as malas e acolheu Nova Serrana como a cidade onde formaria sua família. Os dois, no entanto, pedem mais atenção para os idosos da cidade. “Não temos programas voltados para as pessoas da nossa idade, para nos orientar sobre essa coisa de envelhecer com saúde ou mesmo ter um acompanhamento. Tinha um forró, mas o barulho é alto demais”, diz.


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