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Estado de Minas EX-ZAGUEIRA

Jogadora sueca revela que teve que 'mostrar genitálias' por ordem da Fifa

Nilla Fischer afirmou, em biografia, que atletas da Suécia foram humilhadas para comprovar serem mulheres. Caso aconteceu na Copa do Mundo Feminina de 2011


14/06/2023 20:34 - atualizado 14/06/2023 20:34
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Nilla Fischer de braços abertos, segurando um exemplar do livro 'Eu não disse a metade'
A biografia, intitulada 'Eu não disse a metade', detalha os acontecimentos constrangedores ocorridos no Mundial realizado na Alemanha. (foto: Reprodução Instagram )
Nilla Fischer, ex-zagueira da seleção de futebol da Suécia, trouxe à tona em sua biografia um episódio humilhante vivido pelas jogadoras da equipe na Copa do Mundo Feminina de 2011.

Segundo ela, as atletas foram obrigadas a mostrar suas genitálias para comprovar serem mulheres. A ordem teria vindo da Fifa após polêmicas envolvendo a presença de homens na equipe da Guiné Equatorial no mesmo ano.

A biografia, intitulada 'Jag sa inte ens hälften' ('Eu não disse a metade', em tradução livre), detalha os acontecimentos constrangedores ocorridos no Mundial realizado na Alemanha.

 


Na ocasião, a ex-jogadora e suas colegas de equipe tiveram que expor suas genitálias a um médico da seleção sueca para provar que eram mulheres. Fischer descreveu a experiência como "desagradável" e "humilhante". "Quando soube da exigência chocante, fiquei furiosa. Em meio a uma Copa do Mundo, a Fifa quer que mostremos nossas genitálias", relatou.

"Eles pediram para não rasparmos 'lá embaixo' nos próximos dias e que mostraríamos nossa genitália ao médico. Por que somos forçados a fazer isso agora? Deve haver outras maneiras de provar o gênero? Devemos recusar? Mas, ao mesmo tempo, ninguém queria arriscar a oportunidade de jogar uma Copa do Mundo", acrescentou Fischer.

"Ninguém entende, mas fazemos o que nos mandam e nos perguntamos o que está acontecendo", continuou a ex-zagueira.

Mats Börjesson, médico da seleção sueca na época, confirmou o ocorrido, mas garantiu que não havia intenções maliciosas. O exame foi realizado por um fisioterapeuta, enquanto Börjesson ficou de costas.

"A Fifa não faz essas coisas de má-fé. O esporte tem procurado fazer justiça às meninas, para que não seja necessário você se deparar com algo que é uma vantagem absurda", afirmou Börjesson ao jornal 'Aftonbladet'. No regulamento da competição, publicado em 8 de junho de 2011, a Fifa garantiu que não realizaria testes de gênero nas atletas.

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