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Estado de Minas COPA LIBERTADORES

Pela primeira vez, Campeão


05/11/2023 04:00
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 jogadores do Tricolor carioca
Debaixo de muito papel picado, jogadores do Tricolor carioca comemoram e levantam a tão aguardada taça (foto: Pablo PORCIUNCULA / AFP)

O Fluminense é campeão da Libertadores da América. O time venceu o Boca Juniors-ARG por 2 a 1 na prorrogação, ontem, no Maracanã, e conquistou pela primeira vez o troféu da maior competição do continente. Germán cano abriu o placar, Advincula empatou e John Kennedy fez o gol decisivo na prorrogação.

O Fluminense supera o pesadelo de 2008 e finalmente conquista a taça. Há 15 anos, o Tricolor perdeu nos pênaltis para a LDU-EQU, no mesmo Maracanã.

A decisão foi tensa, dentro e fora de campo. A partida teve poucas chances no primeiro tempo, e o gol do Fluminense foi construído ao melhor estilo do Dinizismo: com os pontas Keno e Arias na direita e tabelando antes de Cano finalizar com perfeição.

No segundo tempo, Marcelo vacilou na marcação e viu Advincula fazer de fora da área. O Fluminense se lançou ao ataque e perdeu grande chance com Diogo Barbosa no último lance do tempo normal.

Na prorrogação, o Flu se impôs e marcou com John Kennedy, que ficou fora do time titular e entrou no fim do tempo normal. Ele levou o segundo cartão amarelo pela comemoração e acabou expulso. Fabra agrediu Nino, levou o vermelho no final do primeiro tempo da prorrogação e facilitou a vida dos cariocas.

Fernando Diniz, antes de colocar JK em campo, segurou o rosto do atacante e profetizou: "Você vai fazer o gol do título". O treinador não parou um segundo no banco e comemorou cada desarme nos minutos finais.

Cano, autor do primeiro gol, termina a Libertadores como artilheiro isolado. O argentino "fez o L" 13 vezes na competição continental. O segundo foi Paulinho, do Atlético – que jogou a fase preliminar da competição –, com sete.

O Boca Juniors perdeu a oportunidade de igualar o Independiente como maior vencedor da história da Libertadores. Os xeneizes seguem com seis taças, enquanto o Rojo tem sete. O argentino não venceu nenhuma partida no tempo normal durante o torneio.


Herói da prorrogação

Quando colocou John Kennedy em campo, com o jogo empatado por 1 a 1, Fernando Diniz disse que o atacante faria o gol do título. E aos 8min da prorrogação ele estufou a rede do goleiro Romero para fazer 2 a 1. Felipe Melo e Marcelo, que foram substituídos, choraram no banco de reservas.

John Kennedy, porém, levou o segundo cartão amarelo por ter comemorado com a torcida e deixou o Fluminense com um a menos. O Tricolor colocou David Braz e tirou Keno para fechar a defesa, mas teve a vida facilitada quando Fabra acertou Nino no rosto e foi expulso no fim do primeiro tempo da prorrogação.


Consagração do Dinizismo

Fernando Diniz chegou à Seleção Brasileira e agora é campeão da Libertadores. O técnico foi questionado por vários anos pelo estilo diferente, que sempre busca o protagonismo.

Na sua segunda passagem pelo Fluminense, Diniz adaptou sua forma de ver o futebol e se encontrou. Aos 49 anos, o treinador vê o Dinizismo no auge.

Quem também se destacou na campanha tricolor na Libertadores foi Cano. O centroavante superou Fred e se tornou o maior artilheiro do Fluminense na Libertadores, com 16 marcados. Foram 13 apenas na atual edição.

Nem só coisas boas ocorreram na decisão. A prévia do jogo teve muita confusão: ingressos falsos, quebra de barreira da polícia e falta do telão para os argentinos. Dentro de campo, gritos de "racistas" da torcida do Flu para a do Boca.

Houve reclamações de ambas as partes, mas principalmente da torcida do Boca Juniors. A organização da Conmebol foi questionada.

ficha do jogo

Fluminense
 Fábio, Samuel Xavier (Guga), Nino, Felipe Melo (Marlon) e Marcelo (Diogo Barbosa); André, Martinelli (Lima) e Ganso (John Kennedy); Arias, Keno (David Braz) e Cano Técnico: Fernando Diniz 
Boca Juniors
 Sergio Romero; Advíncula, Figal (Valdez), Valentini, Fabra; Pol Fernández, Ezequiel Fernández (Saracchi), Medina (Taborda) e Barco (Langoni); Merentiel (Janson) e Cavani (Benedetto) Técnico: Jorge Almirón 
Estádio: Maracanã 
Gols: Cano, 36 do 1º, Advincula, 27 do 2º e John Kennedy, 10 da prorrogação 
Árbitro: Wilmar Roldan (COL) 
Assistentes: Alexander Guzman e Dionísio Ruiz (COL) 
VAR: Juan Lara (CHI) Cartão amarelo: Keno, John Kennedy, Nino, Cano, Cavani, Figal, Langoni e Fabra 
Cartão vermelho: John Kennedy e Fabra 
Público: 69.232 
Renda: R$ 31.702.250,00

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