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Estado de Minas OLIMPÍADAS

Presidente do Comitê Olímpico renuncia às vésperas dos Jogos de Paris

Crise no Comitê Olímpico e Esportivo da França leva à renúncia da presidente Brigitte Henriques, com o COI pedindo foco na organização das Olimpíadas de 2024


25/05/2023 16:13 - atualizado 25/05/2023 19:59
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Imagem da presidente do Comitê Olímpico que renunciou ao caso
A decisão ocorre em meio a uma crise que já dura mais de um ano, e o Comitê Olímpico Internacional (COI) solicitou que as federações francesas se concentrem na organização dos jogos (foto: Alain JOCARD / AFP)


A 14 meses dos Jogos Olímpicos de Paris em 2024, Brigitte Henriques, presidente do Comitê Olímpico e Esportivo da França (CNOSF), anunciou sua renúncia nesta quinta-feira (25/5). 

A decisão ocorre em meio a uma crise que já dura mais de um ano, e o Comitê Olímpico Internacional (COI) solicitou que as federações francesas se concentrem na organização dos jogos. Henriques afirmou que não tinha escolha ao renunciar, em um discurso emocionante no salão da on du Sport Français.

Ela estava no cargo desde junho de 2021 e disse que tomou a decisão pelo bem do esporte francês e pelos cidadãos que acompanham as competições. Membros do CNOSF aplaudiram sua fala. Conflitos internos e disputas com Denis Masseglia, ex-presidente do CNOSF, fragilizaram a gestão de Henriques. Segundo fontes ouvidas pela AFP, sua situação se tornou insustentável. 

O CNOSF, que representa o COI na França, tem um papel menos relevante na organização dos Jogos Olímpicos de Paris, marcados para 26 de julho a 11 de agosto de 2024. Após o discurso da Ministra do Esporte, Amélie Oudéa-Castéra, Henriques detalhou seus feitos no cargo e anunciou sua renúncia, que será efetivada em 29 de junho.

Astrid Guyart, secretária-geral do CNOSF, assumirá como interina até a eleição de um novo presidente nos próximos três meses. A demissão de Henriques marca um novo capítulo para o CNOSF, que enfrenta turbulências há mais de um ano e meio, incluindo denúncias e revelações na imprensa. A crise se agravou após o afastamento de Didier Séminet, aliado de Henriques, em setembro de 2022.
No fim de 2022, Henriques tirou uma licença para descansar, mas o ambiente não melhorou em seu retorno. Ela e Séminet entraram com ações judiciais mútuas, e duas investigações foram abertas pelo Ministério Público de Paris. Uma fonte próxima a Henriques acusa Masseglia de prejudicá-la, como já teria feito com outras mulheres.

Seu advogado, Arash Derambarsh, lamenta a falta de apoio da ministra dos Esportes à sua cliente, vítima de assédio e difamação. A crise no CNOSF preocupa o mundo do esporte francês às vésperas das Olimpíadas de Paris. A ministra Amélie Oudéa-Castéra pediu união e recuperação em um comunicado, afirmando que não há vencedores, mas a possibilidade de uma vitória ética e democrática.

Brigitte Henriques foi a primeira mulher a presidir o CNOSF e já comandou a Federação Francesa de Futebol. O COI instou o movimento olímpico e esportivo francês a focar nos Jogos Olímpicos de 2024, após sua renúncia.

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