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Estado de Minas COMBUSTÍVEIS

Petrobras: Lira quer debater política de preços e taxação de lucro

Presidente da Câmara vem cobrando que o presidente da Petrobras, José Mauro Ferreira Coelho, renuncie ao cargo


19/06/2022 20:34 - atualizado 19/06/2022 20:34

Arthur Lira fala na Câmara dos Deputados
Arthur Lira (PP-AL) faz fortes críticas aos diretores da estatal (foto: Marina Ramos/Câmara dos Deputados )
Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara dos Deputados, reforçou que irá se reunir com líderes dos partidos nesta segunda-feira (20/6) para debater a política de preços e um aumento da taxação do lucro da Petrobras.

 

Lira já havia anunciado na quinta-feira (16/6) que iria marcar esse encontro e criticou a decisão da diretoria da Petrobras de aumentar os preços.


Nos últimos dias, o presidente da Câmara vem demonstrando uma forte discordância com os rumos tomados pela companhia petroleira, que afirma que o aumento de preços é necessário para evitar um desabastecimento de combustíveis no Brasil.

No Twitter, Lira vem cobrando que o presidente da Petrobras, José Mauro Ferreira Coelho, renuncie imediatamente e afirma que a gestão dele trabalha contra o país.

 

O Conselho da estatal, que assinalou favorável a um novo aumento de combustíveis, é composto por 11 membros. Desses, seis foram indicados pelo presidente Jair Bolsonaro.

"Se a Petrobras decidir enfrentar o Brasil, ela que se prepare: o Brasil vai enfrentar a Petrobras. E não é uma ameaça. É um encontro com a verdade", disse Lira.

O aumento, que passou a valer desde sábado (18/6), levou o litro da gasolina de R$ 3,86 para R$ 4,06, um reajuste de 5,18%. Enquanto o diesel saltou de R$ 4,91 para R$ 5,61, alta de 14,26%.

CPI da Petrobras


O preesidente Jair Bolsonaro, que já acusou que um reajuste no preço dos combustíveis por parte da Petrobras seria um "interesse político para atingir o governo federal", defendeu a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar diretores e conselheiros da estatal.

A proposta deve ser apresentada na segunda pela base do governo no Congresso, segundo Bolsonaro. A medida também ganhou a adesão de opositores, como o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) e do também senador Jean Paul Prates (PT-RN)

Subsídio negado


Os conselheiros ligados ao presidente tentaram convencer a diretoria a adiar o aumento, mas, segundo a diretoria, isso só poderia ser feito caso o governo concedesse um subsídio para a Petrobras e para importadores privados importarem diesel mais caro no exterior e revendê-lo no mercado interno por um preço mais baixo. O que foi rechaçado pela equipe presidencial.

A negativa em reajustar os preços dos combustíveis poderia causar, além do desabastecimento, ações contra a empresa na Justiça.


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