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Estado de Minas GASOLINA E DIESEL

Belo-horizontinos reclamam de novo reajuste dos preços do diesel e gasolina

Aumento acontece ao mesmo tempo em que preços de muitos outros itens necessários no dia a dia dos consumidores também sobem


18/06/2022 07:45 - atualizado 18/06/2022 12:58

Márcio Eduardo, caminhoneiro
Caminhoneiro Márcio Eduardo reclama da paridade dos preços com o dólar (foto: Jair Amaral/EM/D.A Press)
O  novo reajuste dos preços do diesel e da gasolina nas refinarias causou muitas reclamações entre consumidores em Belo Horizonte. O caminhoneiro Márcio Eduardo, de 46 anos, já estava ciente do aumento. “Isso não está certo. Nós recebemos em real, e essa paridade com o dólar prejudica não só os caminhoneiros como também o consumidor comum. Afinal, os preços do supermercado também estão altos, o que afeta todo mundo”, disse.

“Nosso petróleo é grosso, então vendemos para o exterior e o compramos fino para refinar aqui no Brasil. Então, vendemos por um certo valor e o compramos novamente, por um preço mais alto. Quem mais sai prejudicado é o consumidor final, pois esses valores são repassados para outros setores”, complementou.

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Leia: Petrobras anuncia novo aumento no preço da gasolina e do diesel

Proprietário de um caminhão, Eduardo explica que, se não fosse agregado a outras empresas, o valor dificultaria a continuidade de seu trabalho. “Se o conjunto todo fosse meu, infelizmente teria que repassar esse valor. Há cinco meses eu conseguia fazer meu trajeto de ida por R$ 900, e hoje são necessários R$ 1.200, ou seja, R$ 300 a mais. Colocando esse valor também na volta, o acréscimo é de R$ 600, isso é muito complicado, pois o valor do frete não aumentou. Afeta a vida de toda a minha família”, ressaltou.

- Leia: Líder dos caminhoneiros afirma que 'a greve é a (medida) mais provável'

Segundo ele, se a situação perdurar, não terá como manter o trabalho. “Chegará um momento em que teremos que parar. E, às vezes, isso não significa que vamos deixar o caminhão na estrada ou congestioná-la, mas, sim, deixar o veículo em casa. As transportadoras não darão conta, pois, se precisar, vamos para as portas delas e não deixaremos ninguém sair. Eu não quero parar, nem meus amigos. Nós queremos trabalhar e ‘fazer o nosso’ com honestidade, não só por parte dos caminhoneiros, mas da política também. Queremos trabalhar com dignidade”, enfatiza.

Já o autônomo Gustavo Carvalho, de 42, trocou recentemente o carro, que agora é movido à diesel. “São abusivos os valores, quem mais sofre é a população. Moro fora de BH e preciso estar na cidade todos os dias, então é mais complicado para mim essa questão do deslocamento. A tendência não é melhorar, mas sempre piorar”, protestou.

Alexandre Grassi, gerente de posto
Alexandre Grassi, gerente de posto, já espera novo pedido com valores majorados (foto: Jair Amaral/EM/D.A Press )


O gerente do Posto Mutuca, em Nova Lima, na Grande BH, Alexandre Bossi Grassi Ferreira, 27, destacou que o reajuste ainda não foi feito no local. “Geralmente, quando a Petrobras anuncia o reajuste, o valor é cobrado no dia seguinte. Então, o pedido feito hoje já virá com o novo valor anunciado. A partir disso, depende do posto quando esse custo será repassado”, explicou.

* Estagiária sob supervisão do subeditor Paulo Nogueira


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