
Para o presidente do Sindicato das Empresas Transportadoras de Combustíveis e Derivados de Petróleo de Minas Gerais (Sindtanque-MG), Irani Gomes, o possível aumento do ICMS do diesel é um pesadelo para os transportadores de combustíveis e de derivados de petróleo do estado.
"Por mais de 10 anos lutamos pela redução dos ICMS do diesel de 15% para 12%. Levamos mais de uma década para que a alíquota caísse a 14%. A volta a 15% é um retrocesso inaceitável e descabido", critica.
De acordo com Irani, a expectativa dos transportadores é de que o governo edite outro decreto nas próximas horas, não só mantendo os atuais 14%, mas reduzindo a alíquota para 12%, índice em vigor até dezembro de 2010.
Reunião no Ministério de Minas e Energia
Nesta terça-feira (1º/2), a diretoria do Sindtanque-MG se reunirá com o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, para tratar da redução dos preços dos combustíveis, especialmente do diesel. A reunião acontece em Brasília e também deverá contar com a participação de entidades representativas dos transportadores de combustíveis e de derivados de petróleo de São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Bahia, Goiás e Distrito Federal.
"Queremos saber do ministro o que o governo federal pode fazer para ajudar a reduzir os preços dos combustíveis no país, pois a situação dos tanqueiros está insustentável e, se houver uma quebradeira geral, o desemprego no setor poderá atingir níveis alarmantes", alerta Irani.
Segundo o Sindtanque-MG, esta semana a entidade continuará insistindo em uma reunião com a presidência da Petrobras para debater a atual política de aumento dos combustíveis praticada pela estatal.
"A Petrobras precisa agir com transparência e apresentar à sociedade o acordo assinado em 2016, com o então presidente Michel Temer, que resultou na adoção da política de Preço de Paridade de Importação (PPI), que considera nos cálculos dos reajustes dos combustíveis as variações cambial e da cotação do petróleo internacional, além dos custos logísticos para trazer os produtos de outros países", cobra o presidente do sindicato.
*Estagiária sob supervisão
