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Estado de Minas CONSUMO

Black Friday: pesquise, compare sites e saiba quais setores podem ter as melhores ofertas

Para conferir se as promoções são, de fato, interessantes, é preciso pesquisar o preço médio do produto. Prefira pagar à vista, se possível, e fuja de itens de alta procura


25/11/2020 04:00 - atualizado 25/11/2020 08:17

Entre os artigos que devem ser oferecidos a bom preço estão roupas, calçados, perfumaria e cosméticos(foto: Túlio Santos/EM/D.A Press %u2013 28/11/19)
Entre os artigos que devem ser oferecidos a bom preço estão roupas, calçados, perfumaria e cosméticos (foto: Túlio Santos/EM/D.A Press %u2013 28/11/19)
Para não cair na tentação da compra por impulso, ainda há tempo de o consumidor pesquisar os produtos anunciados em promoção ou com descontos de preços durante a megacampanha de vendas Black Friday, que será realizada nesta sexta-feira. Os anúncios que antecipam o evento inspirado na tradicional liquidação nos Estados Unidos circulam desde o início do mês.

Em princípio, os setores da economia que mais sofreram com redução de vendas devido às restrições impostas pela pandemia de COVID-19 devem se esforçar para oferecer descontos e desovar estoques, segundo o professor Leandro Silva, coordenador dos cursos de gestão e ensino a distância do Centro Universitário Newton Paiva. “Moda, por exemplo, ninguém comprou roupa. No máximo pijama, chinelo, uma roupinha pra ficar mais em casa porque as pessoas deixaram de sair. Como esse foi o setor que mais sofreu durante a pandemia, ele inevitavelmente vai dar mais descontos”, afirma.

De acordo com o especialista, a regra é quanto maior for o estoque, maior será a oferta. As áreas que estão com menos estoque e precisam de mais prazo para fazer a entrega do produto, tendem a não dar descontos. “Se tem mais estoque parado, é uma tendência do empresariado dar descontos maiores. Para poder, inclusive, dar descontos maiores e se capitalizar e preparar para o Natal”.

Roupas, calçados, acessórios, perfumaria e cosméticos são, portanto, produtos que podem valer a pena  adquirir na sexta-feira de descontos. Além disso, segundo Leandro Silva, a Black Friday pode ser oportunidade especial para as pessoas fazerem suas compras de Natal. “Quando as pessoas forem analisar o que é bom para comprar, talvez seria interessante olhar o que elas estavam planejando em comprar no Natal e aproveitar esses megadescontos, que parece que vão acontecer”.

O especialista acredita que produtos com alta demanda não vão ter preços tão interessantes. “Por que o mercado daria desconto em televisores, aparelhos de informática ou coisas que estejam atreladas ao dia a dia do home office, se vai continuar tendo essa procura? Portanto, acredito que só vale a pena comprar produtos com grandes descontos e esses com alta demanda, é natural não terem desconto”, ressalta.

Outro segmento que poderá fazer promoções atrativas é o de viagens. Entretanto, Silva alerta para o risco de adquirir pacotes ou passagens aéreas na Black Friday. “O setor de viagens e turismo está com pacotes maravilhosos e muitos descontos. Mas, o problema é que qualquer compra que a pessoa fizer, vai ter que trabalhar com o risco de na data não poder viajar em função da pandemia”.

Ele afirma, também, que as pessoas devem ficar atentas às condições para o uso e, caso elas não possam usar, a possibilidade de devolução do valor ou remarcação da data, sem custo extraordinário. “Isso é o que eu chamo de compra de risco. Tudo que eu comprar hoje para usar no futuro, sem garantia de data e de prazo real do término da pandemia, pode ser um barato que ficará caro depois”.

Pagamento


Dica importante, na hora de comprar, é pagar à vista, sempre que possível. “Se a pessoa puder optar e não gerar dívidas futuras, é melhor pagar à vista, inclusive, se vo
cê vai comprar, mas aquilo não é tão necessário. Nesse caso, o correto seria nem compra, porque o ano que vem será de muita instabilidade econômica. Então, levar dívida para o pró
ximo ano é só para pessoas que têm uma garantia de estabilidade de pagamento”.

Além disso, Silva destaca que existem algumas cláusulas que podem enganar o consumidor. Em determinados casos, o desconto só vale para pagamento à vista. Se a pessoa quiser financiar, o preço deixa de ser aquele praticado na Black Friday. “Ele volta para o preço da tabela comum. Um carro, por exemplo, pode estar com um preço bom. Mas na hora que a pessoa vai verificar, para financiar o preço é outro”.

O monitoramento dos preços também é necessário. “Não importa só o preço que determinada loja praticava, mas também o preço médio do mercado. Às vezes o desconto nem é tão grande. É preciso fazer um planejamento e uma pesquisa de preços, para ver se, de fato, o produto está com desconto. As lojas usam muito uma estratégia chamada boi de piranha. Colocam um produto em promoção para atrair o consumidor e quando ele vai procurar o que realmente queria não está em promoção”.


Pisos, martelos, ração e sabão em promoção

Produtos nada convencionais também fazem parte das promoções que o comércio já vem prometendo para a sexta-feira de liquidações. Em rápida busca na internet é possível encontrar descontos de preços para a compra de material de construção, medicamentos, ração para animais e, inclusive, papel higiênico. Os comerciantes fazem de tudo para atrair os consumidores e aumentar as vendas, em um ano marcado pela pandemia e com prejuízos em alguns setores.

Uma loja de material de construção e artigos para casa oferece descontos em produtos como piso vinílico, torneira para banheiro, martelo e até uma serra que corta com precisão madeira e estruturas metálicas. Persianas, papel de parede, tapete e edredons também estão em promoção na seção de itens para o lar.

Uma rede que vende produtos para animais de estimação tem em sua lista de promoções durante a Black Friday, além de ração e petiscos para cães e gatos, antipulgas, tapetes higiênicos, coleiras, camas e casas. Nos supermercados, as conhecidas ofertas de alimentos e bebidas dividem espaço com descontos em pacotes de papel higiênico, sabão em pó, amaciantes, detergentes e desinfetantes. As drogarias têm promoções em medicamentos, repelentes, fraldas infantis, protetor solar e itens de higiene pessoal.

Há descontos em colchões, travesseiros e roupas de cama e banho. Uma empresa de seguros tem uma promoção especial para o evento deste ano. A pessoa faz o seguro do seu carro, indica um amigo, que ganha R$ 150 de desconto em compras, e quem indicou também recebe o mesmo valor em dinheiro. Até uma rede de cemitérios e crematórios da região metropolitana oferece descontos na compra de jazigos. (MC)

IPCA-15 é o maior em cinco anos


O aumento de 0,81% registrado em novembro do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), prévia da inflação oficial do país, foi o maior resultado do indicador para o mês desde 2015, quando subiu 0,85%. Na Grande Belo Horizonte, o IPCA-15 subiu acima da média nacional, com alta de 1,01%. Foi a segunda taxa mais alta medida no país, depois de Goiânia (1,26%), informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). De acordo com a pesquisa, as famílias voltaram a gastar mais com alimentação e bebidas. Os reajustes desse grupo de despesas passaram de 2,24% em outubro para 2,16% em novembro, mas embora tenha havido perda de fôlego,  foi a maior elevação e contribuição para o IPCA-15 deste mês. Todos os nove grupos de produtos e serviços pesquisados no IPCA-15 registraram aumentos de preços em novembro, incluindo de saúde a transportes.

Saiba se proteger 


  • Pesquise para tentar conferir se o preço oferecido na promoção escolhida, de fato, vale a pena
  • Verifique em várias empresas qual é o preço do produto desejado para encontrar um preço médio oferecido no mercado antes de efetuar a compra
  • Evite comprar produtos que não são necessários no momento
  • Se possível, pague a compra a vista para evitar fazer dívidas e começar 2021 com pendência financeira que poderia ser evitada
  • Verifique a diferença do preço cobrado pela empresa de acordo com a forma de pagamento antes de se comprometer com a compra
  • Tenha cuidado ao comprar serviços, como viagens de turismo e passagens aéreas, tendo em vista as restrições para locomoção pelo país que ainda podem ser adotadas devido à pandemia de COVID-19 

*Estagiária sob supervisão da subeditora Marta Vieira
 


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