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Estado de Minas IDAS E VINDAS

Auxílio emergencial do governo Bolsonaro vira novela

Governo volta atrás após anunciar três parcelas totalizando R$ 1.200 e ainda discute como pagar benefício


postado em 26/06/2020 04:00 / atualizado em 26/06/2020 08:12

(foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil)
(foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil)
Depois de um dia recheado de reuniões sobre o destino do auxílio emergencial e recuo quanto à forma de pagamento, o governo sinalizou que deve mesmo transferir mais R$ 1.200 aos trabalhadores beneficiados diante da crise do coronavírus. Houve encontros entre a Presidência e o Ministério da Economia sem apresentar soluções e até mesmo uma postagem da Secretaria de Governo, posteriormente apagada, mas o presidente Jair Bolsonaro, durante uma live, indicou que já haveria consenso em torno do valor.

A indefinição, de acordo com Bolsonaro, está no modelo do benefício. Há estudos em torno da hipótese de três parcelas (R$ 500, R$ 400 e R$ 300) ou de duas de R$ 600. Ontem, a expectativa era de que o Palácio do Planalto divulgasse o calendário da terceira parcela do benefício e fizesse um balanço do número de novos cadastrados, mas a entrevista prevista foi cancelada sem justificativa.

Há uma semana, Bolsonaro alegou que a ampliação do pagamento em mais duas parcelas pressionaria os cofres públicos. Na ocasião, estava pessimista quanto à possibilidade. "Nós aqui, a cada pagamento emergencial de R$ 600 ou R$ 1,2 mil, equivale, o Brasil gasta, você gasta, você que paga imposto, não sou eu, somos nós todos... aproximadamente R$ 50 bilhões por mês. A cada pagamento são R$ 50 bilhões que nós gastamos", afirmou.

Ontem, Bolsonaro se reuniu com o ministro da Economia, Paulo Guedes, e com o presidente do Banco Central, Roberto Campos, mas sem indicar a decisão. Também pela manhã, o ministro da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos, havia anunciado o pagamento de três parcelas adicionais do benefício em uma publicação nas redes sociais. No entanto, o post foi apagado minutos depois. "O governo vai pagar 3 parcelas adicionais (de R$ 500, R$ 400 e R$ 300) do auxílio emergencial. A proposta faria o benefício chegar neste ano a pelo menos R$ 229,5 bilhões. Isso é 53% de toda a transferência de renda já feita no programa Bolsa-Família desde o seu início, em 2004", escreveu Ramos.

A Caixa já paga a terceira parcela do benefício aos inscritos no programa Bolsa-Família – mais de 11 milhões receberam os R$ 600. O pagamento começou a ser feito na quarta-feira passada e terminará na terça-feira. Ao todo, 19,2 milhões de brasileiros estão sendo incluídos no programa.

INSCRITOS


 Em seu último balanço, a Caixa indicou ter recebido 107,9 milhões de cadastros do auxílio emergencial, entre Bolsa- Família, Cadastro Único do Governo Federal e pessoas que fizeram o pedido via aplicativo ou site da instituição. Do total, 106,3 milhões já haviam sido processados, e 64,1 milhões estavam entre os considerados aptos a ganhar o benefício. 
 


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