São Paulo – O brasileiro está, definitivamente, trocando suas reservas de instituições financeiras tradicionais para as corretoras e bancos de investimentos. Termômetro desse movimento é o desempenho do escritório ONE Investimentos, com sede em Belo Horizonte.
“Além de ter a chancela e a solidez do BTG, criamos um formato de operação que prioriza a proximidade e boa relação com os clientes, formatando sempre investimentos que tenham a melhor rentabilidade dentro de cada perfil”, afirma Rodrigo Moraes, sócio da ONE Investimentos.
A julgar pelos números, as perspectivas são promissoras. No mercado brasileiro, 95% dos investimentos continuam nas mãos dos grandes bancos, que geralmente oferecem retornos menos atrativos por possuírem estruturas de operação mais custosas, como agências físicas e milhares de funcionários.
“Os clientes estão começando a compreender que não precisam centralizar tudo no banco”, diz Aline Sun, sócia da corretora Guide Investimentos. Curiosamente, nos Estados Unidos os números que envolvem o mercado de investimentos são semelhantes, mas invertidos: apenas 5% dos ativos estão sob o guarda-chuva das instituições tradicionais, enquanto 95% estão pulverizados em corretoras.
“Os grandes bancos têm se movimentado para conseguir segurar os investidores dentro de suas carteiras, mas isso é muito difícil de acontecer de forma rápida. Comparativamente, é como manobrar um transatlântico dentro de um pequeno cais”, acrescenta Moraes.
“Os grandes bancos têm se movimentado para conseguir segurar os investidores dentro de suas carteiras, mas isso é muito difícil de acontecer de forma rápida. Comparativamente, é como manobrar um transatlântico dentro de um pequeno cais”, acrescenta Moraes.
Para sustentar o crescimento, a ONE Investimentos aposta na expansão também de seus escritórios em São Paulo e Brasília. A empresa estuda a abertura de unidades em outras capitais brasileiras, mas ainda não tem data definida.
O alvo é atingir o objetivo de ter R$ 5 bilhões em ativos sob assessoria até 2020. “Considerando nosso planejamento para o próximo ano, estamos com R$ 50 milhões acima do que esperávamos neste exato momento”, garante Moraes.
“A entrada de novos assessores nos últimos meses, aliada ao planejamento ininterrupto de contratações, ratifica que manteremos o movimento atual e chegaremos ao objetivo traçado.”
O alvo é atingir o objetivo de ter R$ 5 bilhões em ativos sob assessoria até 2020. “Considerando nosso planejamento para o próximo ano, estamos com R$ 50 milhões acima do que esperávamos neste exato momento”, garante Moraes.
“A entrada de novos assessores nos últimos meses, aliada ao planejamento ininterrupto de contratações, ratifica que manteremos o movimento atual e chegaremos ao objetivo traçado.”
Até o fim de 2019, a expectativa é chegar a R$ 1,5 bilhão em ativos sob assessoria. “Nossa estratégia e desempenho estão atrelados à atuação que temos registrado nas três praças em que estamos, e também à qualidade de nossos assessores”, afirma o executivo.
A ONE, de acordo com Moraes, também vem trabalhando ativamente na prospecção de contas maiores, tanto no segmento de pessoa física quanto de pessoa jurídica. “O aumento expressivo em nossos números de assessores e clientes não implica redução da qualidade ou target de contas. Pelo contrário”, garante o empresário.
Transformações
O mercado financeiro brasileiro vem passando por profundas transformações. Novos produtos e serviços estão sendo lançados em ritmo veloz, mas o país ainda tem um longo caminho para alcançar os níveis de maturidade das nações desenvolvidas. A boa notícia é que o cenário começa a mudar.
A B3, a Bolsa de Valores de São Paulo, e o Tesouro Direto alcançaram recentemente feito histórico. Em maio, as duas instituições ultrapassaram a marca de 1 milhão de investidores, o que reflete a fuga de recursos da poupança – com a taxa no menor patamar da história desde março de 2018, os investimentos de renda fixa (poupança, fundos DI, entre outros) se tornam menos atrativos. Trata-se de um notável avanço e ainda há muito espaço para crescimento.