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Estado de Minas

Situação nos postos de BH pode demorar até uma semana para normalizar

Mesmo quando a greve dos caminhoneiros acabar, a expectativa dos donos de postos é de demora por causa dos estoques vazios


postado em 28/05/2018 10:08 / atualizado em 28/05/2018 10:48

(foto: Gladyston Rodrigues/EM/DA Press)
(foto: Gladyston Rodrigues/EM/DA Press)

O anúncio de medidas do governo federal para encerrar a greve dos caminhoneiros, que ainda nem teve uma resposta positiva dos manifestantes, não vai significar nem de longe a normalização imediata do abastecimento pelos motoristas nos postos de combustíveis.

Segundo donos de grandes redes em Belo Horizonte ouvidos pelo Estado de Minas, quando houver a liberação das estradas e do transporte, a expectativa é de que a situação volte ao normal em um período entre dois dias e uma semana.

E, ao contrário do que ocorreu nas vésperas da escassez total de gasolina, álcocol e diesel, quando houve aumentos estrondosos nas bombas, eles afirmam que os preços serão repassados como vierem das distribuidoras.

Nesse domingo, o presidente Michel Temer (MDB) cedeu aos caminhoneiros e anunciou uma redução de R$ 0,46 no preço do diesel por dois meses. Nenhuma alteração foi informada para a gasolina.

Segundo o supervisor da rede Pica Pau, Giuliano Carvalho de Paula, como os estoques dos postos estão vazios, o reflexo do preço do diesel será imediato. Porém, o valor repassado nas bombas vai depender do que vier das grandes distribuidoras, como BR, Shell e Ipiranga. “Nem sempre o desconto que o presidente anuncia é o que a distribuidora repassa para o revendedor, ele pode variar para mais ou para menos. Os postos dependem muito de receber esse combustível para saber, porque aí teremos na mão a nota fiscal”, afirmou.

Para Giuliano, a situação dos motoristas ainda vai demorar para ser resolvida. “Assim que o protesto tiver fim e as bases forem liberadas, acredito que em dois ou três dias a situação estará normalizada”, disse. O supervisor, no entanto, disse que a expectativa é que os primeiros postos comecem a receber combustível para vender em três ou quatro horas após o encerramento da paralisação. “Até porque a informação que temos é que já existem veículos carregados dentro das bases, esperando só a ordem para sair”, disse.

Menos otimista, o dono da rede Riegert, Cristiano Carvalho, acredita que pode demorar até uma semana para suprir todo o mercado. “Dentro desse efeito de desconforto, com todo mundo querendo encher os tanques, e os postos devem receber pouca quantidade, acredito que pode demorar uma semana, porque tem que suprir todo um mercado que está com o estoque vazio e os tanques dos carros particulares também está a zero”, disse.

Carvalho também diz ser complicado falar em preço, pois há toda uma cadeia até que a gasolina e o diesel cheguem nos postos, mas afirmou que os valores devem ser repassados de imediato. “Até porque não existe estoque no estado. O produto que vamos receber daqui a dois ou cinco dias já virá com o preço ajustado”, afirmou.

O Estado de Minas entrou em contato com a Minaspetro para falar sobre o preço dos combustíveis e a situação dos postos mas ainda não obteve retorno. Esta reportagem será atualizada quando isso acontecer.


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