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Estado de Minas

Carnaval espanta a crise e hotéis e bares enchem o caixa

Reservas para os 4 dias do feriado em BH levaram ocupação a até 100% na categoria de preços econômica. Nos bares, balanço do sindicato do setor indica crescimento de 20% da receita


postado em 08/02/2018 06:00 / atualizado em 08/02/2018 08:06

A folia patrocinada pelo rei Momo deverá injetar nos caixas dos hotéis de Belo Horizonte cerca de R$ 30 milhões durante o feriado do carnaval – levando-se em conta o período de amanhã a terça-feira da semana que vem. A estimativa é do Sindicato dos Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares de Belo Horizonte (Sindhorb), que anunciou ontem taxa de crescimento de 5% no número de hospedagens, e ocupação média variando de 50% a 55% dos leitos na capital mineira. A cidade dispõe, hoje, de 220 hotéis, que somam entre 22 mil e 24 mil vagas.


Os estabelecimentos localizados na região Central de BH e da categoria econômica são aqueles preferidos dos turistas: neles, a taxa de ocupação varia de 80% a 100%. No primeiro grupo estão aqueles classificados como três ou quatro estrelas, com diárias que vão de R$ 160 a R$ 200. Na categoria econômica, as diárias variam de R$ 150 a R$ 160. Em hotéis e apart-hotéis localizados nas regiões Norte (Pampulha) e Sul (Sion e Belvedere), entre 60% e 80% das vagas já estão reservadas.

Ainda de acordo com levantamento realizado pelo Sindhorb, BH é a capital com média de diárias mais barata ao longo do ano – e também durante o carnaval. Manaus detém a segunda colocação e Salvador, a terceira. “O carnaval de Belo Horizonte entrou para o calendário nacional, o que gera movimento nos hotéis, nos restaurantes e transporte. A hotelaria, a cada ano, aumenta sua ocupação”, ressaltou o presidente do Sindhorb, Paulo Cesar Marcondes Pedrosa.

De acordo com o empresário, a taxa média de ocupação durante o carnaval, historicamente, ficava entre 15% e 20%, boa parte de hóspedes ligada a grupos religiosos que aproveitavam a ausência da festa na cidade. É o caso do Dayrell Hotel, no Centro de BH. Acostumado com a baixa procura no feriado, este ano foi surpreendido com a procura: até ontem já estava com 75% dos apartamentos reservados e a expectativa é de que o número chegue a 90% até sábado.


A hotelaria, a cada ano, aumenta sua ocupação

Paulo Cesar Pedrosa, presidente do Sindhorb



“Ano passado fomos surpreendidos com ocupação de 40%, este ano dobrou. Não esperávamos uma adesão tão grande”, diz o supervisor de hospedagem do hotel, Alisson Miranda. Segundo ele, os hóspedes serão presenteados com um colar havaiano e tolerância maior nos horários de check-in e check-out caso os apartamentos reservados já estejam vazios na chegada. Os foliões poderão se registrar no hotel a partir das 11h e sair até as 15h – normalmente esses horários são 14h e 12h, respectivamente.

No Praça da Liberdade Hotel, localizado na Savassi, todos os 29 quartos já estão reservados para os quatro dias de folia. E a última vaga foi preenchida na quarta-feira passada. “Em 2017 foi a mesma coisa, 100% de ocupação”, comemora Welbert Rodrigues, funcionário do hotel, que tem diárias de R$ 125 a R$ 198. Ele destacou que o aumento na procura durante o carnaval tem sido observado há três anos.

Otimismo

Não são apenas os empresários do setor hoteleiro que têm o que comemorar: em relação aos bares e restaurantes, a expectativa do sindicato é de aumento de 20% no faturamento dos estabelecimentos durante o feriado de carnaval. A Prefeitura de Belo Horizonte estima que 3,6 milhões de pessoas passarão a folia na cidade, sendo 154 mil turistas. Os números são animadores para o empresariado da capital.

Levantamento realizado pela área de Estudos Econômicos e o setor de Negócios Turísticos da FecomércioMG mostra que 55,5% dos empresários estão otimistas com o aumento nas vendas em relação a 2017. Ao todo, 80,2% acreditam que o período será positivo para os negócios. Eles trabalham com perspectiva de maior número de turistas na cidade e de mais movimento durante o feriado.

A Fecomércio ouviu empresas das regiões Leste, Oeste e Centro-Sul, totalizando 17 bairros onde está concentrada a maior quantidade de blocos que desfilam durante o carnaval, além de eventos realizados na semana anterior. Foram avaliados os segmentos de lojas de departamento, vestuário, calçados, produtos farmacêuticos (cosméticos e perfumaria) e gêneros alimentícios. De acordo com a pesquisa, 66% das empresas ouvidas funcionarão durante os quatro dias de carnaval, e destas, 28,6% vão investir na comercialização de itens sazonais.




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