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Estado de Minas

Presidente da Itambé diz que CCPR quer ampliar entrega à Lactalis

Aval dado pela Justiça deslancha plano dos produtores de Minas para atender aos projetos do laticínio no Brasil


postado em 19/01/2018 06:00 / atualizado em 19/01/2018 09:10

Captação de Leite poderá aumentar de 3 milhões para 4,5 milhões de litros por dia, diz Candiotto, presidente da Itambé(foto: Leandro Couri/EM/D.A Press)
Captação de Leite poderá aumentar de 3 milhões para 4,5 milhões de litros por dia, diz Candiotto, presidente da Itambé (foto: Leandro Couri/EM/D.A Press)

O reconhecimento, nesta semana, pela Justiça de São Paulo, do contrato de venda do laticínio mineiro Itambé para a empresa francesa Lactalis liberou a Cooperativa Central de Produtores Rurais de Minas Gerais (CCPR), dona da marca mineira, para trabalhar seu plano de expansão do fornecimento da matéria-prima à indústria da França.

O presidente da CCPR e da Itambé, Marcelo Candiotto, informou nessa quinta-feira (18) ao Estado de Minas que a intenção é ampliar a captação de leite entre os cerca de 6,5 mil produtores de 31 cooperativas associadas de Minas e Goiás para atender à estratégia da Lactalis para se consolidar na posição de maior produtor de lácteos no Brasil.

“Se a Lactalis cresce, vamos crescer junto com ela, municiando toda a empresa com leite. É nosso pensamento ampliar essa captação”, disse o presidente da CCPR. A dona da Itambé entrega ao redor de 3 milhões de litros de leite por dia ao tradicional laticínio. Cerca de 85% dos associados à cooperativa são de produtores rurais de pequenas propriedades, responsáveis por volumes da ordem de 1 mil litros diários. O potencial de expansão do fornecimento é grande, com estímulo à assistência nas fazendas.

Ainda segundo Marcelo Candiotto, com a atual estrutura de captação mantida pela CCPR, a produção pode subir a 4,5 milhões de litros por dia. “Nossa expertise é captar leite, isso temos feito bem em Minas e Goiás. Entendemos que investir nisso é o melhor para a CCPR.”

No contrato feito com a Lactalis, a companhia francesa assegura o recebimento do leite produzido pelos associados da CCPR durante 10 anos, renováveis por igual período. O documento prevê que os preços pagos tenham como base o levantamento de dados na bacia leiteira abrangida pela CCPR do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq) da Universidade de São Paulo, referência na pesquisa de preços agropecuários no Brasil.

Candiotto observa que a Lactalis já atua em Minas e Goiás com captação ainda pequena, de 300 mil litros de leite por dia e no Sul do país compra 4 milhões de litros diários. Uma das regiões promissoras para expansão é o Nordeste, onde a Itambé tem fatia substancial do consumo de lácteos, de acordo com o presidente da CCPR. O laticínio mineiro opera com quatro fábricas em Minas e duas em Goiás.

A mensagem enfatizada agora por Candiotto é de que decisão de segunda instância da Justiça paulista, assinada processo relator do processo, Cesar Ciampolini, dá tranquilidade para a gestão do laticínio mineiro, ao reconhecer o acordo de venda da Itambé à Lactatis. Isso, embora o magistrado tenha definido que a empresa francesa só poderá exercer os direitos de acionista depois da conclusão de procedimento arbitral sobre a disputa entre a Vigor Alimentos/Lala e a Lactalis na Câmara de Comércio Brasil-Canadá.

Volta ao normal


A CCPR segue responsável pela gestão da Itambé. “Não existe mais a indefinição. O juiz já consolida a nossa posição. Sempre tivemos certeza de a operação (com a Lactalis) ter sido legítima”, afirma. O presidente da CCPR e do laticínio mineiro disse ainda que essa “tranquilidade” está sendo demonstrada a bancos credores e aos produtores rurais. “É vida que segue na Itambé”, afirma.

O desembargador Cesar Ciampolini, da 1ª Câmara Reservada de Direito Empresarial do Tribunal de Justiça de São Paulo determinou que o impedimento à Lactalis de exercer os direitos de acionista visa a evitar que a empresa francesa tenha acesso a informações estratégicas dos negócios da Itambé, o que prejudicaria a Vigor, na medida em que o procedimento arbitral a ser instalado venha a decidir em favor da companhia hoje pertencente ao grupo mexicano Lala. Cabe recurso à decisão da Justiça paulista que considera avalizou o acordo de compra da Itambé pela Lactalis.

 

Notas da Usiminas

A Usiminas informou nessa quinta-feira (18) ter concluído a quitação das notas emitidas em 2008 por sua subsidiária, Usiminas Comercial, no valor de US$ 400 milhões. A operação faz parte do plano de reestruturação financeira da siderúrgica mineira. Dessa quantia, US$ 220 milhões em notas já haviam sido resgatados anteriormente. O pagamento integral foi possível e representa a estratégia mais eficiente, segundo a companhia, em razão da melhora dos resultados financeiros apresentados nos últimos trimestres.


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