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Estado de Minas

Governo de Minas apoia compra da Itambé por Cooperativa dos Produtores Rurais

CCPR negocia a aquisição de metade do capital da tradicional fabricante mineira que pertencia à Vigor, da JBS


postado em 27/10/2017 06:00 / atualizado em 27/10/2017 07:32

 

Fábrica de lácteos da Itambé: BDMG poderá financiar a aquisição das ações da empresa(foto: Itambé Alimentos/Divulgação)
Fábrica de lácteos da Itambé: BDMG poderá financiar a aquisição das ações da empresa (foto: Itambé Alimentos/Divulgação)

A Cooperativa Central dos Produtores Rurais de Minas Gerais (CCPR) negocia o apoio do governo estadual para concluir a aquisição da parcela de 50% das ações da indústria de laticínios Itambé que pertenciam à Vigor Alimentos, do grupo JBS.


Uma vez concretizado, o negócio vai permitir, de fato, que a marca Itambé, uma espécie de ícone do setor em Minas, volte às suas raízes, já que a CCPR detém a outra metade do capital da empresa.

Por meio de fato revelante, a JBS informou ontem ter concluído o processo de venda da participação de 19,43% na Vigor Alimentos ao conglomerado mexicano Lala. De acordo com o comunicado ao mercado, o negócio, que havia sido fechado em agosto último, foi fechado em R$ 1,11 bilhão.

Excluído o endividamento que a JBS detém, a companhia dos irmãos Joesley e Wesley Batista terá em mãos R$ 786 milhões. Outra participação de 72% da empresa de investimentos dos Batistas na indústria de laticínios foi ainda concluída, mas não houve divulgação do valor negociado. Quando o acordo foi anunciado, a J&F, holding dos negócios da família Batista, chegou a informar montante de R$ 5,72 bilhões.

Em 20 de setembro, a CCPR divulgou nota em que informava ter exercido o direito de preferência na recompra da metade do capital acionário da Itambé pertencente à Vigor. Não foi informado se essa operação ficou pendente do negócio fechado ontem. As informações que circularam entre fontes do mercado financeiro são de que a CCPR conseguiu ganhar tempo para acertar o apoio do governo estadual.

A CCPR não se manifestou, ontem, sobre o negócio. Uma das possibilidades é que a cooperativa de produtores obtenha financiamento por meio do Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG), que, além de suas linhas próprias de empréstimo, repassa recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Em nota ao Estado de Minas, o governo mineiro informou estar disposto a ajudar na transformação da Itambé, novamente, numa empresa 100% mineira.


“O governo confirma a disposição a ajudar a CCPR, importante cooperativa do setor, através, por exemplo, de linhas de financiamento disponíveis no BDMG”, diz a nota. Ao anunciar, no mês passado, que passaria a deter 100% das ações da Itambé, a CCPR informou que o negócio significa o fortalecimento da indústria de laticínios.

“A CCPR defende condições vantajosas para o fornecimento de leite e uma valorização positiva das ações da Itambé, visando o fortalecimento das cooperativas associadas e produtores rurais”, destacou na nota.

A Itambé é uma das maiores indústrias de laticínios do Brasil e é líder do setor em Minas. O setor lácteo do estado detém mais de um quarto da produção leiteira nacional (26,7% no ano passado) , com volume estimado em 9,3 bilhões de litros em 2016 e um faturamento ao redor de R$ 20 bilhões no período. São 1 mil indústrias na atividade  e ao redor de 30 mil empregos, incluindo 223 mil propriedades rurais, segundo o Sindicato da Indústria de Laticínios de Minas (Silemg). (Com agências)

 

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Vale lucra R$ 7 bi
A expectativa da mineradoraVale é de que, mantidas as atuais condições de mercado, a empresa tenha um bom quarto trimestre, disse ontem o presidente da empresa brasileira, Fabio Schvartsman, em teleconferência com analistas e investidores. O executivo destacou, porém, que sazonalmente o quarto trimestre apresenta um enfraquecimento de preços. “Posso assegurar que a expectativa é de ter resultados comparáveis aos auferidos até este momento” disse. A mineradora informou que teve lucro líquido de R$ 7,14 bilhões no terceiro trimestre, ante R$ 1,84 bilhão no mesmo período de 2016 – aumento de 288%. A empresa atribui o resultado a melhoras na precificação (com a venda de mais minério de ferro de alta qualidade) e a resultados iniciais de uma nova política de controle de custos (de gerenciamento matricial). Schvartsman destacou que a companhia terá muito cuidado na liberação de recursos para investimentos em todas as áreas da empresa. Ele disse ainda que a Vale deverá concluir todas as condições precedentes para a venda de sua unidade de fertilizantes até o fim deste ano.

 

 


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