Os ex-donos do Cruzeiro do Sul, Luís Felippe e Luís Octavio Índio da Costa, têm mais uma encrenca com que se preocupar além da própria liquidação do banco. Eles são suspeitos de aplicar um golpe à la Bernard Madoff, o financista que inventou um esquema de pirâmide nos Estados Unidos que resultou em perdas de US$ 65 bilhões para milhares de investidores.
A suspeita é de que os dois fundos em questão - FIP BCSul Verax Equity 1 e FIP BCSul Verax 5 Platinum - não tenham ativos para honrar sequer 5% do que foi aplicado pelos investidores.
O levantamento detalhado do patrimônio dos fundos deve chegar à Justiça neste segunda-feira, mas a reportagem apurou que a maior parte dos ativos não vale nada. São basicamente operações financeiras com o próprio Cruzeiro do Sul. Como a instituição foi liquidada pelo Banco Central (BC), os papéis viraram pó.
Advogados de uma associação criada para lutar pelos direitos dos cotistas fizeram uma pesquisa em cartórios de todo o País. Descobriram alguns ativos que, se estima, não cheguem a R$ 20 milhões.