A Polícia Federal cumpriu na manhã desta terça-feira um mandado de prisão domiciliar contra o ex-controlador do Banco Cruzeiro do Sul Luís Felippe Índio da Costa, em sua residência no Rio de Janeiro. A prisão domiciliar foi decretada por causa da idade avançada de Índio da Costa.
O filho do executivo, Luís Octávio, foi preso pela PF nessa segunda-feira, no condomínio onde ele mora, no município de Cotia, na Grande São Paulo. Pai e filho são investigados por gestão fraudulenta, crimes contra o sistema financeiro e lavagem de dinheiro. A investigação aponta a possibilidade de fraude de mais de R$ 1,2 bilhões.
Em setembro, o Banco Central havia decretado a liquidação extrajudicial do banco que estava sob intervenção do Fundo Garantidor de Crédito (FGC), na tentativa de proteger os depósitos dos clientes da instituição. Investigações apontam que foram criados resultados positivos artificialmente nas demonstrações financeiras para conseguir o pagamentos indevidos a acionistas e controladores.
Também no Rio de Janeiro, foram cumpridos dois mandados de busca e apreensão relacionados a altos administradores do banco. Segundo a PF, a Justiça não determinou a prisão desses outros dois executivos, mas fixou fianças, uma no valor de R$ 1 milhão e outra de R$ 1,8 milhão. Decidiu ainda, como medida preventiva, a proibição de viajarem ao exterior, de exercerem qualquer atividade no mercado financeiro ou dispor de bens próprios ou de terceiros.
Conforme a PF, o ex-controlador do Banco Cruzeiro do Sul Luís Felippe Índio da Costa, seu filho Luís Octávio e também os integrantes do Conselho de Administração, serão indiciados por crimes contra o sistema financeiro, crimes contra o mercado de capitais e lavagem de dinheiro. Se condenados eles poderão estar sujeitos a penas de 1 a 12 anos de prisão e multa, conforme os atos que cometeram.