
Os supermercadistas acreditam que em novembro e dezembro o consumo deve aumentar para cerca de 18 mil sacolinhas por dia, por causa do fluxo maior de compras que é normal para o Natal. Mas a expectativa é que a partir das férias de verão volte para a média de 15 mil por dia, com possibilidade de baixar para o patamar de 12 mil a 10 mil em maio de 2012.
Vale ressaltar que as sacolinhas usadas hoje ainda são aquelas permitidas pela lei, feitas a partir de amido de milho e que têm impacto ambiental muito inferior às antigas proibidas pela lei, por serem compostáveis.
Redução de 97%
Isto significa que o meio ambiente, em seis meses, ficou livre de cerca de 78 milhões de sacolinhas ou 360 toneladas de plástico. De acordo com a AMIS, se atadas umas às outras, as sacolinhas que deixaram de ser utilizadas formariam uma tira de plástico de 19,8 mil km de extensão, o que é suficiente para ir de Belo Horizonte a Londres (9 mil km), voltar da capital inglesa a BH e ainda sobrar quase 2 mil km.
Sacolas retornáveis
A adoção do hábito de se usar sacolas retornáveis é a explicação para o sucesso da eliminação do uso do produto descartável. A mudança de comportamento foi estimulada pela lei municipal, à qual se somou uma intensa campanha educativa multi-institucional.
Além de efetivar o fim do uso das sacolas plásticas descartáveis convencionais, como previsto na lei, a campanha foi além e estimulou o fim do uso de qualquer outro tipo de embalagem plástica descartável para o transporte de compras feitas no varejo.
Ao incentivar o uso de sacolas retornáveis e de outros meios retornáveis, a campanha conquistou forte adesão do público. Cerca de 90% dos consumidores que vão aos supermercados, 180 dias após a implantação do novo sistema, já levam as sacolas retornáveis ou usam outros meios retornáveis para as compras.
Isso faz com que até mesmo a única sacola plástica descartável permitida pela lei – feita a partir de biopolímeros obtidos com o uso de amido de milho, conhecida como compostável – entre em desuso.
