João Lee e Rita Lee

Rita Lee e filho, João Lee

Reprodução/Instagram
O velório de Rita Lee iniciou às 10h no Planetário do Parque Ibirapuera, em São Paulo. João Lee, filho da artista, chegou ao local e falou com a imprensa sobre os últimos dias de sua mãe, ao lado da família. Abalado, ele também exaltou a conexão que tinha com ela, sua heroína.
 

Segundo ele, a família estava com Rita até o final. “O final dela foi feliz. É triste para quem fica, mas foi muito especial. A gente tem que seguir adiante. Ela vai continuar, mesmo sendo uma estrelinha, fazendo muita gente feliz”, disse.

“Nas últimas semanas ficamos muito próximos. Desde que descobri que ela estava com câncer (2021), decidi voltar a morar com meus pais e a gente se conectou ainda mais. Foi muito especial”, relembrou.

Ele continuou: “Não sei explicar o que aconteceu ainda, foi tudo muito rápido. Eu tive muitos momentos felizes com ela, tudo muito especial. Foi tranquilo para ela, em paz, mas já estamos com saudade.”

Além disso, João aproveitou para relembrar a carreira da mãe e reforçou que ela sempre foi e continuará sendo sua heroína. “Ela é uma pessoa que realizou muitas coisas. Ela fez tantas coisas, turnês, discos, cenografia, roupas, e não é por isso que ela é minha heroína. Ela é pela honestidade, simplicidade que ela vivia dia a dia. A sensibilidade dela de lidar e entender as pessoas. A forma que ela tinha de se projetar no mundo. Não sei se conheci alguém igual, mas tive o privilégio de passar 43 anos com ela, aprendendo e recebendo os valores dela. Ela vai ser eterna”, concluiu.
 

Despedida na “floresta encantada”

Rita Lee morreu na terça-feira (9/5), aos 75 anos, após uma luta contra o câncer no pulmão, diagnosticado em 2021. Ela estava em sua casa, em São Paulo, "cercada de todo amor de sua família, como sempre desejou". 
 
O velório da cantora se iniciou nesta quarta-feira (10/5), às 10h, e vai até 17h. O local foi uma escolha de Rita, que negou a cerimônia no Hall Monumental da Assembleia Legislativa (Alesp), onde normalmente são feitos as cerimônias de despedida dos artistas.
 
 
Em sua autobiografia, publicada em 2016, a cantora explicou o motivo: “Nenhum político se atreverá a comparecer ao meu velório, uma vez que nunca compareci ao palanque de nenhum deles e me levantaria do caixão para vaiá-los”. 

Em contrapartida, no mesmo livro, ela também contou que visitava toda semana o Planetário, que chamava de “floresta encantada”.