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Estado de Minas BAIXAS TEMPERATURAS

Frio e tempo seco: risco de otite, dor de garganta e alergia respiratória

A mistura do tempo seco com o frio elevado pode desencadear danos à saúde com gripes, resfriados e agravamento dos quadros de rinites e sinusites


23/05/2022 13:01 - atualizado 23/05/2022 13:54

mulher gripada
Cerca de 30% da população brasileira tem algum tipo de alergia, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) (foto: Renate Köppel/Pixabay )
Ainda estamos no Outono, mas as baixas temperaturas no Brasil têm feito com que muitas pessoas vivenciam uma sensação de inverno. A mistura do tempo seco, comum da estação, com o frio elevado pode trazer diversos danos à saúde. Gripes, resfriados e agravamento dos quadros de asmas, rinites e sinusites estão entre as patologias mais comuns causadas pela baixa imunidade provocada pela estação.

Os otorrinolaringologistas do Hospital Paulista Gilberto Ulson Pizarro e Cristiane Passos Dias Levy também alertam para as dores de garganta e otites - infecções e inflamações do ouvido -, que tendem a aumentar com o frio e podem causar problemas graves, como a surdez, caso não tratadas precocemente e adequadamente.

Dor de garganta


Problema muito comum no frio, a dor de garganta pode ter várias causas, sendo a mudança brusca de temperatura uma delas. Conforme Gilberto Pizarro, a oscilação do clima diminui o batimento ciliar da mucosa, podendo deixar bactérias entrarem na garganta. "A piora pode ocorrer por conta das trocas bruscas de temperatura. Apesar do outono, estávamos em uma temporada de sol e tempo quente, o que acarreta o surgimento do problema". 

O médico reitera a importância de tomar água com frequência ao longo do dia, principalmente durante o tempo seco. “A garganta é uma região que só trabalha bem quando está úmida. Caso haja ressecamento por falta de hidratação ou alguma doença, podemos ter inflamações da mucosa, dores e sensações de inchaço ao engolir.” 

Otites

Outro grande afetado durante o frio pode ser o ouvido, por conta das otites, infecções que atingem o ouvido médio e parte interna do tímpano e costumam ser dolorosas por conta de inflamações e do acúmulo de secreções.

Caracterizadas por três diferentes tipos - otite externa, otite média e otite interna -, elas são mais comuns em crianças, mas podem atingir todas as pessoas em variados momentos da vida.

Gilberto Pizarro detalha como é possível evitar o problema, mantendo livre a comunicação do nariz com o ouvido, chamada de tuba auditiva, e indica algumas recomendações básicas: 
  • Enxugue os ouvidos com a ponta da toalha, sem esfregar, após o banho
  • Não utilize hastes flexíveis ou qualquer objeto dentro dos ouvidos. Eles podem causar feridas na pele, retirar a camada protetora de cera e aumentar a probabilidade de infecção
  • Para quem tem otites recorrentes, é recomendável utilizar protetores auriculares de silicone

Alergias respiratórias

Cerca de 30% da população brasileira tem algum tipo de alergia, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS). Para aqueles que apresentam o problema, o outono costuma ser uma estação bastante delicada, podendo potencializar crises e desconfortos por conta do tempo seco.

“Durante o frio, é comum o surgimento das alergias respiratórias. Em decorrência das quedas bruscas na temperatura, as pessoas tendem a buscar seus casacos e agasalhos que normalmente estão guardados há muito tempo, o que é péssimo para alérgicos, já que fechados em armários juntam muitos ácaros”, explica Cristiane Levy.

A médica destaca que, para um diagnóstico correto e completo, é importante que o médico pesquise o histórico clínico do paciente, bem como o familiar. Dessa forma, ele poderá identificar a causa da alergia.

Cristiane Levy dá dicas imporantes diminuir as chances de crise:
  • Tomar bastante água
  • Fazer lavagens nasais frequentes com soro fisiológico para hidratar as mucosas
  • Limpar bem a casa ou o ambiente que irá utilizar
  • Optar por aspirar e passar pano úmido em vez de varrer os locais
  • Usar capas antiácaros em colchões e travesseiros
  • Sempre que possível, colocar travesseiros e edredons no sol
  • Evitar objetos que acumulem pó nos quartos, como cortinas, tapetes e carpetes
  • Limpar com frequência os filtros de ar-condicionado
  • Evitar, quando possível, mudanças bruscas de temperatura
  • Buscar auxílio médico e não abandonar o tratamento após a chegada do calor


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