A retinopatia diabética – complicação que ocorre quando o excesso de glicose no sangue danifica os vasos sanguíneos dentro da retina – é uma das principais causas de cegueira.
É uma condição que afeta em torno de 35% a 40% dos pacientes diabéticos. E, desse total, 7% deles terão alguma complicação: um edema macular diabético, que é quando o paciente começa a sentir a perda visual.
"Por isso, é importante que haja uma conscientização sobre o tema, visto que a principal forma de prevenir a doença é por meio do controle da patologia de base, o diabetes.”
É uma condição que afeta em torno de 35% a 40% dos pacientes diabéticos. E, desse total, 7% deles terão alguma complicação: um edema macular diabético, que é quando o paciente começa a sentir a perda visual.
"Por isso, é importante que haja uma conscientização sobre o tema, visto que a principal forma de prevenir a doença é por meio do controle da patologia de base, o diabetes.”
A campanha, denominada Fique de olho, contará, também, com a presença do endocrinologista Levimar Araújo e da coordenadora de eventos da ADJ Diabetes Brasil, Vanessa Pirolo.
Durante o evento, quer será realizado nesta quinta-feira, dia 12, em formato virtual, serão abordados os principais cuidados com a doença, forma de prevenção e a importância do diagnóstico precoce – feito por meio do exame de fundo do olho – para que um tratamento eficaz, laser ou cirurgia, seja adotado.
Além disso, serão colocadas em pauta as dúvidas dos pacientes e a essencialidade dessa conscientização para evitar complicações oriundas do diabetes, como problemas renais ou nos pés.
Além disso, serão colocadas em pauta as dúvidas dos pacientes e a essencialidade dessa conscientização para evitar complicações oriundas do diabetes, como problemas renais ou nos pés.
“O único local em que conseguimos ver os vasos inteiros é no olho. Costumo dizer que os olhos são os espelhos do rim, porque o que vejo no olho está no rim também. Então, passa por uma proteção bem maior, já que podemos identificar melhor essas condições”, destaca Levimar Araújo, que comenta, também, sobre o desconhecimento de metade dos pacientes com diabetes sobre o fato de serem diabéticos.
“50% das pessoas que são diabéticas não sabem dessa condição. Isso é péssimo, porque quando se faz o diagnóstico, já existem muitas complicações. Então, é importante que façamos um exame de fundo do olho e de rim para saber, porque ninguém vai morrer de diabetes, mas das complicações que o diabetes causa. No caso da retinopatia diabética, muitas vezes, os pacientes já chegam com a visão comprometida, e isso acaba limitando os nossos recursos”, frisa.
A influência da pandemia
Para além da conscientização habitual, neste ano, um outro fator impulsionou a necessidade sobre o conhecimento da retinopatia diabética, bem como do diabetes e suas complicações. Isso porque, durante a pandemia causada pelo novo coronavírus, as pessoas deixaram de fazer exames de rotina, o que tende a agravar e impossibilitar tratamentos futuros.
De acordo com uma pesquisa realizada pela ADJ Diabetes Brasil, esse número chegou a 38,4% da população brasileira, em razão do adiamento e/ou cancelamento de consultas e exames de rotina. Além disso, houve um descontrole do diabetes enquanto doença de base: 59,4% das pessoas registraram aumento na glicemia e 31,2% constataram maior variabilidade glicêmica.
“O medo do vírus foi tanto que descontrolou a doença. Tem que ser ter um chamamento para que as pessoas não deixem de ir em suas consultas de rotina e mantenham a doença controlada. E isso mesmo em um contexto fora do atual, vi muitos pacientes meus diabéticos que ficaram anos sem ir ao endocrinologista ou ao cardiologista. O tratamento é mutifuncional, e é importante que as pessoas não deixem de fazer os exames de rotina por conta do vírus ou outra ‘barreira’”, destaca Tereza Kanadani.
Justamente por isso, Vanessa Pirolo diz ser de extrema importância que as pessoas tenham acesso à campanhas de conscientização. “Os dois médicos de referência em Minas Gerais vão sensibilizar as pessoas a se consultarem com os médicos e, assim, voltar a fazer o tratamento adequado novamente.”
As inscrições e demais informações sobre o evento estão disponíveis no site: racineonline.com.br.
*Estagiária sob supervisão da editora Teresa Caram