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Estado de Minas Saúde

Falta de informação agrava riscos cardiovasculares do diabetes

De acordo com pesquisa global, uma a cada três pessoas com diabetes tipo 2 sofre com doenças cardiovasculares


26/10/2020 13:31 - atualizado 26/10/2020 15:14

(foto: Pixabay)
(foto: Pixabay)

Estudo mundial realizado pela Novo Nordisk, o chamado Capture, aponta que uma em cada três pessoas com diabetes sofre com doenças cardiovasculares.

Além disso, nove em cada 10 pacientes diabéticos e cardíacos apresentam quadro clínico de ateroclerose – formação de placas de gordura e outras substâncias nas paredes das artérias –, que em estágio avançado pode comprometer o fluxo sanguíneo e desencadear casos de infarto e derrame cerebral. 

Ainda, de acordo com a pesquisa, oito em cada 10 mortes por patologias cardiovasculares são causadas por doença aterosclerótica, que tem o diabetes tipo 2 como fator de risco. No Brasil, o índice de prevalência de doenças cardiovasculares em pacientes diabéticos tipo 2 corresponde a 40%. 

Neste cenário, o estudo concluiu, também, que dois aspectos tendem a contribuir, e muito, para a recorrência de doenças cardiovasculares em pessoas diabéticas: a falta de informação e a ausência de acesso a tratamentos adequados. Segundo a gerente médica da Novo Nordisk que acompanhou o estudo no Brasil, Raquel Cristina Coelho, isso ocorre porque muito tem se falado sobre os demais riscos da doença. 

“Grande parte da sociedade tem conhecimento das complicações ditas microvasculares do diabetes, como amputação de membros, danos renais e comprometimento visual, pois, por muito tempo, esses eram os riscos predominantemente associados ao diabetes. Ainda hoje, mesmo com tratamentos inovadores que contribuem para a proteção cardiovascular, apenas uma parcela da população tem a informação de que as complicações cardiovasculares compõem a principal causa de mortalidade em pessoas que têm diabetes”, argumenta. 

Mas, por que isso ocorre? De acordo com Raquel, devido ao estreitamento dos vasos sanguíneos, que impede que uma quantidade maior de sangue rico em oxigênio atinja os órgãos do corpo. “O diabetes aumenta o risco de doenças cardíacas porque os altos níveis de açúcar no sangue podem danificar as paredes desses vasos sanguíneos.” 

“É o que acontece com a aterosclerose, doença que constitui a base de quase todos os problemas cardíacos que afetam a pessoa com diabetes. É um processo lento, gradual, causado pelo acúmulo de substâncias nas artérias, e que sem o devido tratamento pode chegar ao entupimento e inflamação dos vasos sanguíneos. Por isso, pessoas com diabetes tipo 2 chegam a ter quatro vezes mais chances de desenvolver doenças cardiovasculares do que pessoas sem diabetes”, completa. 

Apesar da gravidade da aterosclerose, o estudo aponta que apenas duas em cada 10 pessoas com diabetes tipo 2 usa algum medicamento que atua na diminuição do risco cardiovascular para tratar a doença.

Porém, Raquel destaca a importância do tratamento contra a diabetes e, também, de um diagnóstico precoce, em caso de desenvolvimento da então doença cardiovascular. 

“É fundamental agirmos enquanto é tempo para diagnosticar e prevenir o desenvolvimento de uma possível doença cardiovascular como a aterosclerose, mantendo o tratamento adequado do diabetes tipo 2 e uma rotina saudável, com alimentação balanceada, atividade física regular e acompanhamento médico, a fim de retardar o avanço dessa doença e favorecer a qualidade de vida do paciente”, diz. 


“Quem Vê Diabetes Vê Coração” 


Em busca de conscientizar as pessoas sobre os riscos associados entre o diabetes e as doenças cardiovasculares, a Novo Nordisk desenvolve, no Brasil, a campanha Quem Vê Diabetes Vê Coração. A iniciativa foi lançada em junho de 2019 e conta com o apoio de sociedades médicas e associações de pacientes com diabetes de todo o país. 

“Esse é um dos caminhos mais importantes para ampliar o conhecimento sobre a relação do diabetes tipo 2 e as doenças cardiovasculares. É possível viver bem e com qualidade de vida sendo diabético, desde que aliado a mudanças de estilo de vida. Essa é a receita para preservar a saúde desses pacientes e reduzir os riscos de complicações no coração”, afirma. 

*Estagiária sob a supervisão da editora Teresa Caram 


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