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Estado de Minas REPORTAGEM DE CAPA

Terapia com as mãos

Mestre chilena aplica o reiki com o objetivo de captar energias do universo e ajudar na cura de aspectos físicos, emocionais, mentais e espirituais. Técnica também é ministrada a distância


postado em 22/12/2019 04:00

A terapeuta transpessoal María de La Luz Dias pratica a linha de reiki mais antiga, vinda do Japão(foto: Jair Amaral/EM/D.A Press %u2013 19/9/19)
A terapeuta transpessoal María de La Luz Dias pratica a linha de reiki mais antiga, vinda do Japão (foto: Jair Amaral/EM/D.A Press %u2013 19/9/19)


O reiki é uma forma de medicina alternativa, de origem japonesa, baseada em pseudociência. Os praticantes usam a imposição de mãos para transferir energia. Uma forma de o ser humano captar energias do universo com o propósito de curar aspectos físicos, emocionais, mentais e espirituais. Nascida no país asiático, a modalidade veio ganhando linhas diversas à medida que também alcança os países ocidentais.
 
A mestre chilena e terapeuta transpessoal María de La Luz Diaz é bem conhecida em Belo Horizonte, onde periodicamente ministra cursos desde o fim dos anos 1990. “A linha que pratico é mais antiga, vinda do Japão, e começou a ser difundida no Ocidente via Havaí. Mas todas têm a mesma origem.” Seu interesse em estudar essas técnicas surgiu de uma “experiência pessoal profunda, quando senti uma espécie de fogo saindo de minhas mãos e intuitivamente as coloquei sobre meus ombros e imediatamente percebi um relaxamento, que me fez procurar meios de proporcionar isso a outras pessoas”.
 
O contato com a técnica do reiki veio por meio de um amigo recém-chegado da Alemanha, que experimentou o processo e participou de um curso. “Foi em 1987, quando ele levou ao Chile o mestre alemão que iniciou um curso para uma turma de 20 pessoas”, conta. Com a prática e muitos estudos, María de La Luz diz conseguir aplicar a técnica a distância, enviando “energias ao passado, futuro, a outros planos, para anular coisas que travam a vida. É um campo energético que ultrapassa o plano físico”.

FORMAÇÃO Desde 1990, a mestra já formou mais de 5 mil pessoas, segundo seus cálculos. “Fiz minha iniciação em 28 de março de 1990. No dia seguinte, fui a Serra Negra (SP) para assistir a um congresso internacional de terapias holísticas”, convidada para apresentar a novidade do reiki. “Naquela convenção, o reiki não estava na lista de terapias holísticas. Foi a primeira vez que falei em público. Para 2 mil pessoas e o reiki ajudou.” Passou a receber inúmeros convites e já formou mestres, além do Chile e Brasil, no Peru, México, Venezuela, Colômbia e Argentina.
 
Ela explica que há os mestres e os praticantes. “O mestre é o responsável pela formação, mas tem os praticantes que fazem reiki profissionalmente, em hospitais, clínicas, voluntários que recebem o curso por compreender a importância de se cuidar e do entorno: amigos e familiares.” A técnica é aplicada a qualquer ser vivo. María de La Luz faz questão de ressaltar a forte conexão do reiki com a população brasileira. “Aqui encontramos de tudo em termos de trabalho energético. São diferentes níveis de sistemas, de terapias e a população apresenta uma curiosidade muito positiva, faz dos cursos e reuniões momentos extremamente en- riquecedores.”

CAOS DA MENTE Mestre em reiki e karuna reiki, Luís Delgado destaca que, a cada dia que passa, mais e mais pessoas se interessam por essa técnica aliada à meditação. “São maneiras de encontrar um espaço em meio ao caos da mente”, diz. E não há contraindicações. Simples e assertivo para a cura espiritual, o reiki também pode ser usado concomitantemente com outros tratamentos médicos ou terapêuticos para minimizar efeitos colaterais e melhorar o tempo de recuperação.
 
“Hoje, o reiki é visto pela maioria como um sistema terapêutico, no qual são tratadas doenças por meio de envio de energia de modo complementar, ou seja, sem substituir o tratamento médico convencional, mas se aliando a ele. É uma prática recomendada por muitos na busca pela cura, principalmente do corpo físico, embora atue na harmonização das emoções e equilíbrio da mente, enxergando no ser humano uma vastidão de possibilidades muito além da matéria", acrescenta Luís.
 
Para o especialista, o reiki também convida as pessoas a deixar, com calma, modelos de vida mecânicos, artificiais, seguindo o rumo para uma vivência mais livre, em consonância com seu próprio jeito de ser. “Um passo por vez, de modo compassivo, respeitando a liberdade do reikiano. Esse viver mais natural vai se apresentando devagar, de forma que, ao reluzir do mestre, a pessoa já possa praticar o reiki sem as preocupações acerca de um jeito certo ou errado no uso da energia. A essa altura, um ajuste já foi feito e o uso se adaptou à vida do estudante, que pode utilizar os símbolos e técnicas de acordo com suas necessidades, com sua intuição, a voz antiga do coração.”
 
O reiki é transmitido a partir da imposição das mãos sobre quem recebe e a aplicação de símbolos próprios. Durante a sessão, o mestre ou terapeuta responsável posiciona as mãos sobre áreas específicas do corpo do paciente, onde estão os principais chacras, de forma a recompor o equilíbrio energético do receptor.
 
Ainda que a natureza do reiki entenda um espectro espiritual, não se trata de religião ou crença, e nem precisa da fé para surtir resultado – o reiki não ensina dogmas. Existem, na verdade, os seus princípios norteadores, em sua essência, lições para tornar a existência harmoniosa. Em um tratamento de reiki, o sujeito é compreendido como um todo, e consegue experimentar um fluxo de energia positiva que passa através e ao redor do corpo.


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