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Os extremos precisam de um freio, e já!

De um lado, um senador de esquerda tentando assassinar policiais. De outro, um presidente de direita em guerra contra a imprensa


postado em 21/02/2020 06:00

(foto: Reprodução/Twitter)
(foto: Reprodução/Twitter)

A estupidez e babaquice nacionais atingiram o ápice nesta semana assombrosa para o Brasil. Enquanto um presidente, cada vez mais despido do pudor e liturgia que o cargo lhe impõe, distribuía gestos de banana e insinuações sexuais grotescas aos jornalistas, um cangaceiro travestido de senador, num surto de coronelato do século XIX, atirou uma retroescavadeira sobre uma multidão de policiais em greve e acabou baleado.

Para quem não sabe, me refiro a Jair Bolsonaro e Cid Gomes, irmão do não menos ‘cangaceiro’ Ciro Gomes, igualmente mestre na arte das ofensas e agressões, sejam físicas ou verbais. Essa gente, idolatrada por legiões de ignorantes brutalizados nas redes sociais, está transformando o Brasil numa praça de guerra (virtual, na internet) e agora real, como nas ruas e praças de Sobral, no Ceará.

Quando o meliante Lula da Silva, duplamente condenado em segundo grau por corrupção e lavagem de dinheiro, iniciou, ainda em 2003, quando flagrado em seu primeiro crime como presidente (Mensalão), o arranca-rabo de classes no País, atirando pobres contra ricos, pretos contra brancos, nós contra eles (eles eram o nós e nós éramos o eles), gente como eu já alertava para o futuro que colheríamos nos anos vindouros; e aí está.

A eleição de Jair Bolsonaro e a consequente ideologização de extrema direita, que tomou conta do governo federal e de grande parte da sociedade, em resposta a dezesseis anos de ideologização de extrema esquerda, trouxe consigo um tensionamento do tecido social brasileiro como jamais visto antes, com reflexos claros na falta de limites de agentes públicos, autoridades e população em geral.

O ‘samba do crioulo doido’ que tomou conta do Brasil nesta semana, atingiu o ápice também com as declarações destrambelhadas de um militar, costumeiramente equilibrado (General Heleno), e de um tradicional político rasteiro, conhecido por suas posições sempre ‘nem lá nem cá, muito antes pelo contrário’ (Rodrigo Maia, presidente da Câmara dos Deputados), em que acusou o outro de ser chantagista e recebeu como resposta a pecha de velho ideologizado.

Se alguém ainda duvida que o Caminhão Brasil perdeu os freios e segue ladeira abaixo rumo ao abismo do ódio e selvageria explícitos, é porque ou está completamente alienado da realidade ou simplesmente é mais um destes trogloditas, partícipes desta bestialidade toda que está em curso.

De minha parte, clamo por equilíbrio e o mínimo de civilidade, mas sei que são mercadorias raras nestes dias sombrios.

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