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Estado de Minas COMPORTAMENTO

Somos todos iguais

"Não há alma viva com cabedal suficiente pra julgar o outro. Não dá forma que nos dá prazer quando o fazemos"


04/12/2022 04:00 - atualizado 04/12/2022 07:22

Copa do mundo
(foto: afp)

 
Tem uma frase da Elis Regina, na música "Como nossos pais", que me provoca de forma especial: Minha dor é perceber / Que apesar de termos feito tudo o que fizemos / Ainda somos os mesmos e vivemos / E nós somos os mesmos e vivemos como os nossos pais…  Assim como a dita por Jesus no caso da mulher adúltera: "Que atire a primeira pedra aquele que nunca pecou". 

Não que eu queira comparar uma e outro, mas no fundo as falas nos levam a uma triste realidade: não há alma viva com cabedal suficiente pra julgar o outro. Não dá forma que nos dá prazer quando o fazemos. 
 
Voltando ao tema central do momento, a Copa do Mundo de Futebol, me delicio com os bastidores dos jogos. Afinal, como se não tivéssemos mais nada pra fazer, rendemos os jogos por muito mais tempo que os já esperados 90 minutos e seus acréscimos infindáveis. Nada melhor do que nos ocuparmos em discutir a vida alheia dos demais, principalmente sendo estes as estrelas pelas quais torcemos contra ou a favor dentro e fora dos campos. 
 
Analisemos em especial a polêmica em torno do desejo maldoso de ver o craque Neymar se estrepar ou do desejo bondoso de vê-lo ser exaltado ainda mais. Afinal o cara é considerado tanto um jogador fenomenal quanto um cidadão arrogante e metido a besta, digo é considerado, o que não quer dizer que eu assim o considere. 
 
Os que gostaram de vê-lo lesionado a ponto de preocupar comissão técnica e torcedores foram taxados de verdadeiros representantes do diabo. Fiquei pensando se quem fez esse julgamento poderia de fato fazê-lo. Quem de nós nunca desejou mal a alguém? Quanto falo mal, quero dizer mal de verdade. Cuidado se você for me atirar a primeira pedra. 
 
Classificamos como simpáticas, gente boa, honestas e todo tipo de adjetivo positivo pessoas que comungam das mesmas ideias que a gente. Os demais não queremos nem saber. Já partimos do pressuposto que não prestam. E é a eles, principalmente que corremos o risco de desejar o mal. Mas não é isso que nos torna maus. 
 
Se vibramos ao saber que a estrela do time adversário se machucou e estará fora do duelo com o Brasil, isso não nos torna maus. Somos muito mais que isso, em sentimento e comportamento. O que nos torna alguém que de fato não merece viver em sociedade são os desejos maldosos que colocamos em prática e em ação. No mais, só estamos atestando nossa humanidade em evolução, bem lenta reconheçamos, mas ainda assim bem melhores que ontem. 

Bazar do Bem

Quem gosta de bazar terá neste final de semana uma agenda agitada. Um dos destaques é o já tradicional Bazar do Bem - Final de Ano. Tudo começou em 2006, quando um grupo de amigos decidiu agir e fazer alguma coisa para mudar a vida de pessoas assistidas pela Casa da Mãe Sozinha, em Belo Horizonte. 
 
Hoje o Grupo do Bem se orgulha de ter apoiado durante todos estes anos dezenas de projetos sociais não apenas na capital, sejam eles grandes como a AMR ou pequenos como o Asilo da Velhice Desamparada de Curvelo, além do apadrinhamento de crianças em situação de vulnerabilidade social e econômica e auxílio a pessoas em situação de rua. 
 
Os integrantes do Grupo fazem a captação de recursos privados para aplicação em projetos sociais, sendo o bazar uma das maneiras encontradas não apenas para arrecadar fundos para financiar os projetos, como também dar oportunidade a pequenos produtores e artesãos de mostrarem seus trabalhos. 
 
Esta edição do bazar terá expositores muito bem selecionados além de uma área de alimentação, tudo dentro do Espaço Obras Pavonianas, no São Bento. Alguns estandes estão sendo cedidos a projetos sociais parceiros como é o caso do Ubutun Nation, marca de produtos da Fraternidade Sem Fronteiras, ONG que atua no Brasil e na África em regiões de extrema pobreza.
 
"Eu sou porque nós somos" é a base da filosofia Ubuntu que chama a atenção para a interdependência entre os seres humanos. Ubuntu implica partilhar e compartilhar, contribuindo também com a resignificação do consumo. 
 
Para o Bazar do Bem, a Ubuntu Nation levará peças de roupa, entre regatas e quimonos, camisolas e baby dolls de tecidos em 100% algodão doados por Ronaldo Fraga, além das peças da linha Home como tábuas de angico ideais para servir queijos, carnes, frios e frutas e sousplats feitos por Rogério Lima com capulana, tecido típico africano. 
 
A frente da Ubuntu Nation está a jornalista e colunista do Caderno Feminino, Patrícia Espirito Santo que destina tudo o que é arrecadado à manutenção de oficinas de costura instaladas no Campo de refugiados de Dzaleka, no Malawi, em vilas agrícolas em Moçambique, ambos no continente africano, e em abrigos que recebem refugiados venezuelanos em Boa Vista/Roraima. Através da costura homens e mulheres encontram uma maneira de sobreviver e ter uma qualificação profissional resignificando também suas vidas.
 
O Bazar do Bem abre suas portas amanha, dia 02, de 10h as 19h, e domingo dia 03, de 10h as 18h, na rua Madre Candida 60 - Vila Paris / Sao Bento @grupodobembh 
 

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