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Estado de Minas COMPORTAMENTO

Somos da paz

A coexistência pacífica entre as diferentes religiões é possível, principalmente em tempos de tamanha intolerância


20/11/2022 04:00 - atualizado 20/11/2022 07:36

Ilustração
(foto: Pixbay)

 
Outro dia dancei ao som da banda Soul da Paz em um evento que fui. Logo após um bate papo inter-religioso entre representantes de vários credos, subiram ao palco sete músicos de religiões e seitas diferentes. Eles se orgulham de ser a primeira banda multi-religiosa e intercultural do mundo. Deixam isso bem claro através das letras e da postura de cada um em cena. 
 
Através de diversos gêneros musicais, a banda paulista tem como objetivo divulgar através da música a cultura de paz, o diálogo inter-religioso e a liberdade religiosa. 
 
De um lado do palco um senhor de idade, cabeça branca, bispo da igreja anglicana no vocal e do outro um jovem rapaz hare krishna com aparência de ter no máximo 25 anos dedilhando o baixo. Entre eles, um budista, um espirita, um adepto do candomblé. Cada um usava roupas tradicionais de sua religião, afinal são diferentes apesar de iguais ou há que prefira dizer que as diferenças não podem justificar as desigualdades. 
 
No programa composições próprias do rock ao rap, blues, MPB, reggae, todas contendo temas que fazem as bases de todas as crenças religiosas: fraternidade, tolerância, respeito, amor ao próximo, coexistência, aceitação e valorização das diferenças. 
 
Em conversas com o público fizeram questão de explicar que jamais tentam mesclar os credos, fundir as religiões ou convencer quem quer que seja que há um credo superior ao outro. Do contrário, fazem questão de se manterem firmes em suas convicções ressaltando ainda a importância de se respeitar o ateísmo e o agnosticismo. 
 
Um dos maiores méritos deles é mostrar que a coexistência pacífica entre as diferentes religiões é possível, principalmente em tempos de tamanha intolerância em relação aos valores e princípios de uns e de outros.
 
Todos procuramos a mesma coisa. Buscamos sermos felizes através de nossas escolhas que normalmente são feitas com base em nossas experiências de vida, buscamos nossa realização através de escolhas bem próprias e individuais. O que nos falta aprender é a reconhecer que não passamos de peças de um quebra cabeça que se encaixam pelas beiradas, cada um com seu formato e desenho que juntos formam um todo harmonioso e equilibrado. 

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