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Estado de Minas SEXUALIDADE

O silêncio da sua voz está lhe causando problemas mentais

'As emoções reprimidas nunca morrem. São enterradas vivas e saem mais tarde da pior forma', afirmava Freud


23/07/2023 10:00 - atualizado 23/07/2023 10:35
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Homem cabisbaixo
Compreender as emoções reprimidas é um caminho para se redescobrir a identidade (foto: Aviz/Pexels)
 
Silenciar emoções pode ter diversas consequências negativas para a nossa saúde mental e física, gerar problemas psicossomáticos, estresse, problemas de relacionamento, depressão e outros problemas de saúde.

Está disponível a todas as pessoas expressar sentimentos. Um corpo se comunica por gestos, comportamentos, ações e reações diante das diversas situações do dia a dia. O uso da voz para dizer aquilo que se sente, muitas vezes tem um efeito de alívio. Em teoria, tudo funciona muito bem, mas nem todos fazem assim.

A sociedade, tal como ela se organiza, valoriza a repressão. Expressar uma emoção tende a ser algo recriminado. Desde a infância, aprende-se os males de exibir a raiva ou o desejo, a tristeza ou a alegria. Essa repressão pode levar a resultados terríveis. É possível que venham daí os tantos adultos com problemas mentais, agressivos e, não raro, agredindo o próprio corpo com comida, cigarro, drogas, bebidas ou jogos.
 
 
As emoções reprimidas ficam gravadas no nosso corpo. Compreender as emoções reprimidas é um caminho para se redescobrir a identidade. A repressão de uma emoção  funciona como a eliminação de um filtro. Quando recorremos a ela, permitimos que elas entrem em nossa memória sem perceber. "As emoções reprimidas nunca morrem. São enterradas vivas e saem mais tarde da pior forma", afirmava Freud.
 
Dada a importância do problema, a ciência vem dando maior relevância à questão das emoções humanas. Um marco disso é a publicação do livro Inteligência emocional, de Daniel Goleman. Publicado em 1995, foi um estrondoso best-seller que vendeu mais de cinco milhões de exemplares em quarenta idiomas. 
 

Segundo ele, "Inteligência Emocional" é a capacidade de identificar e compreender os sentimentos pessoais e os dos outros, o que pode levar o indivíduo com bom nível de inteligência emocional a uma mudança de comportamento que entre em resposta a essas emoções. Isso por sua vez, promove a diminuição dos níveis de ansiedade e estresse; maior empatia pelo próximo; mais equilíbrio emocional; maior clareza nos objetivos de vida e capacidade de tomada de decisão; melhor gestão do tempo; aumento de produtividade e de comprometimento com metas. Promove também uma maior autoestima e autoconfiança, bem como uma maior motivação para a gerir os impulsos individuais.

Neurocientistas da Universidade de Wisconsin, após analisarem os cérebros de pacientes que desenvolveram uma "personalidade repressiva", concluíram que eles funcionam de maneira diferente em relação aos cérebros de personalidades com alto nível de inteligência emocional.

Não são poucos os estudos, atualmente, que afirmam a importância da inteligência emocional que ajuda a evitar a repressão de emoções. Com a inteligência emocional trabalhamos um novo olhar para nós mesmos, isso nos permite lidar com nossas emoções de maneira mais saudável, mais assertiva e sem medo do julgamento. Esse autoconhecimento estabelece novas conexões emocionais em novos ambientes e amizades que valem a pena.

A busca de um novo modo de autopercepção
 
Para se superar o problema do silenciamento, há toda uma linha de trabalho a se seguir. É aconselhável buscar terapia com profissionais especializados. Um terapeuta pode identificar os padrões de comportamento e pensamento que estão contribuindo para a repressão de emoções. O suporte de um profissional é um fator protetor importante contra transtornos psicológicos.

Também pode ser bom compartilhar as emoções com pessoas de confiança, e com elas buscar apoio, compreensão, orientação. Nada como um bom desabafo para se obter desenvolvimento pessoal e trazer aquela leveza de vida tão favorável à saúde mental. É bom lembrar que não estamos sozinhos em nossas aflições. 

Também é de grande ajuda: sair de ambientes repressores, praticar atividades físicas, buscar uma vida melhor dentro da qual você possa agir de maneira integral, buscando levar seus sentidos à plenitude. Viver em plenitude inclui tanto uma sexualidade plena quanto uma rede de apoio reconfortante. A satisfação de seu estar no mundo, com liberdade para expor suas emoções te levará a uma melhor percepção de si. Levando a uma melhoria na  comunicação, escuta afetiva, solução de problemas e fortalecermos o relacionamento interpessoal. 

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