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Estado de Minas JUVENTUDE REVERSA

Atenção às manias para não ficarmos ranzinzas com o avanço da idade

Para preservar as relações com os familiares e com a sociedade ao envelhecer, use e abuse das palavras 'por favor' e 'obrigado' - gentileza gera gentileza


24/02/2022 06:00 - atualizado 24/02/2022 10:34

Mãos mais jovens passam um coração vermelho para outras de mais idade
'A gentileza deve ser o norte para o envelhecimento saudável' (foto: Reprodução/Internet)
Recentemente, li uma reportagem na revista Super Interessante, de maio de 2017, que listava as   dez manias mais comuns da população, segundo os manuais psiquiátricos internacionais. Elas estavam divididas em 4 grupos:

1) Transtorno obsessivo-compulsivo (segundo a reportagem, o transtorno representava 4% da população): 

  • Ablutomania: mania de limpeza
  • Acribomania: mania de precisão e organização.
  • Aritmomania: mania de contagem ou verificação. 
  • Colecionismo: mania de acumular tralhas. 

2) Transtorno do controle de impulsos (representando 3% da população):

  • Onicofagia: mania de roer as unhas. 
  • Tricotilomania: mania de arrancar cabelos e pelos. 
  • Dermatilomania: mania de cutucar a própria pele. 
  • Cleptomania: mania de roubar quinquilharias. 

3) Hipocondria a (representando 2% da população):

  • Mania de doença.

4) Transtorno bipolar de humor (representando 1% da população à época):

  • Megalomania: mania de poder ou de superioridade. 

Um dos maníacos brasileiros mais conhecido é o cantor e compositor Roberto Carlos, nascido em abril de 1947, sempre no topo do sucesso há várias gerações. Ele revelou ao público alguns detalhes sobre o seu TOC (Transtorno Obsessivo Compulsivo). Revelou, por exemplo, que somente ele podia dirigir o próprio carro e não permitia que ninguém entrasse nele.  

Vizinhos relatam que certa vez o rei comprou uma geladeira, a qual permaneceu uma semana guardada na garagem porque só adentraria a casa no período de lua nova. Uma das manias que tem alcançado muita gente boa é o que eu chamo de “mania da Alexa”: Alexa, toque isso ou aquilo!”; “Alexa, qual é a capital da Moldávia?”; “Alexa, quando foi o fim da idade média?” É muito fácil, apenas por voz, recorrer aos auxílios da Alexa, a assistente pessoal da empresa Amazon, assim como fazemos com o nosso oráculo “Google” para obtermos as mais diversas informações.

Embora todos tenham algum tipo de mania - que podemos chamar de meras idiossincrasias -   as pessoas devem começar a se preocupar ao perceber que estão adotando comportamentos muito estranhos e repentinos. É natural ficarmos cheios de manias à medida que envelhecemos. 

Ao envelhecermos, muitas mudanças ocorrem no cérebro que provocam alterações nas características físicas e cognitivas. Não sou médico, mas penso que manias podem ser controladas e modificadas para não ficarmos ranzinzas com o avanço da idade. É preciso cuidado para não tratarmos os outros como se fossem a Alexa. Não podemos esquecer do “por favor” ao pedirmos algo para alguém de carne e osso.

Além do “por favor”, outra palavra que nunca deve ser esquecida é o “obrigado”. A gentileza deve ser o norte para o envelhecimento saudável. “A gentileza gera o respeito e o respeito gera atenção; a atenção, por sua vez, gera diálogo produtivo, e esse diálogo produtivo é capaz de sanar qualquer objeção; e o melhor de tudo, além de gentil, você sempre poderá sair com a razão, com o respeito e com a total atenção dos demais. Gentileza gera gentileza, já dizia um poeta.

É preciso manter-se ativo no envelhecimento, preservar as relações com os familiares, com os cuidadores, com os vizinhos e com a sociedade. É preciso usar e abusar das palavrinhas mágicas “por favor” e “obrigado”. Certas manias são uma delícia de compartilhar e de conviver.





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