(none) || (none)
Publicidade

Estado de Minas JUVENTUDE REVERSA

Tecnologia: as vantagens e desvantagens das mídias e redes sociais

Anseio por movimentos que buscam a melhoria da qualidade dos conteúdos midiáticos, principalmente por meio da promoção da educação e da cultura


02/12/2021 06:00 - atualizado 02/12/2021 07:17

Ilustração mostra celulares e símbolos das redes sociais dentro de bolas coloridas
(foto: Pixabay)
Adoro tecnologia e seu incomensurável impacto em nossas vidas. A tecnologia está presente em tudo o que permeia o cotidiano e é capaz de transformar significativamente nosso estilo de vida. 

Sem que percebamos, a tecnologia proporciona enormes vantagens em termos de praticidade, rapidez e eficiência, o que inclui melhoria da comunicabilidade e facilidade de acesso à informação.  

Mídias sociais são websites e aplicativos de tecnologia de comunicação que veiculam pela internet todo tipo de publicação. Tudo o que se publica na internet, seja texto, imagens, áudio, vídeo ou animação, constitui prática de convívio social por meio da Mídia. 

As publicações podem ser inseridas em plataformas como as redes sociais, que conectam as pessoas. São plataformas para postar, compartilhar e divulgar informações que circulam e geram interação entre pessoas. As redes sociais mais populares são o Facebook, o Instagram, o Tik Tok, o Twiter e o Linkedin. 

Essas redes estão em constante evolução, sendo que algumas mais antigas podem ser substituídas por outras mais novas. Foi o caso do Orkut, por exemplo, uma rede social aberta em 2004 e fechada em 2014. Tem rede social que “flopa”, isto é, não atinge as expectativas do público. Foi também o caso do Clubhouse, um aplicativo para bate-papo com áudio somente para convidados, que surgiu em 2020, ficou conhecido a partir de fevereiro de 2021, mas foi fagocitado pelas outras redes. 

Me fascina acompanhar o “pulo do gato” de cada uma dessas empresas, cuja capacidade de atrair o grande público é notável. No mundo, apenas o Facebook possui mais de 2 bilhões de usuários ativos por mês. 

Como as redes sociais geram conteúdos construídos e alimentados pelos próprios usuários, o Facebook pode contar com 2 bilhões de pessoas não remuneradas para fazer circularem as informações postadas. Bem diferente do que ocorre com as mídias tradicionais, como jornais, revistas e TV que remuneram jornalistas, fotógrafos, artistas e demais profissionais para a criação de conteúdo diversos.

Os números extraídos das redes sociais são cada vez mais superlativos. No Instagram, plataforma com mais de 1 bilhão de usuários ativos, Juliete, ex-BBB 2021, tem 33,8 milhões de seguidores e o jogador Neymar Jr, por sua vez, 165 milhões de seguidores e por aí vai. Eu mesmo, ao escrever esse artigo, me surpreendi ao descobrir que a viúva do Mc Kevin tem 13,1 milhões de seguidores.

O meu interesse pela viúva começou após ler a seguinte notícia em jornais sites de notícias e em algumas redes sociais: “Viúva de MC Kevin cobra R$ 150 mil por duas horas de presença vip em festa”. Quem é essa pessoa tão famosa, cujo nome era desconhecido até pouco tempo atrás? 

Consegui me lembrar de uma viúva famosa do século passado, a Jaqueline Bouvier. Duplamente viúva, foi casada com o ex-presidente americano John Kennedy e com o magnata grego Aristóteles Onassis, mas apesar dos maridos famosos, obteve grande fama por conta própria.  

O funkeiro Mc Kevin, 23 anos, 8,6 milhões de seguidores no Instagram, morreu depois de cair do 5º andar em maio desse ano. Para mim, não há maior tragédia do que a morte de um jovem, posso imaginar a dor dos familiares e fãs. Pelo Google, descobri que a viúva do MC Kevin, cujo nome é Deolane Bezerra, havia se casado com o MC Kevin duas semanas antes do seu falecimento. Por que estou falando de viúvas? 

Porque estamos numa era onde qualquer pessoa pode se tornar famosa da noite para o dia, não necessariamente pelos seus feitos. Com uma pitada de inveja, não me cabe questionar se os R$ 150 mil cobrados como cachê pela viúva de Mc Kevin são merecidos, é o valor de mercado proporcionado pela penetração na grande mídia. O que me impressiona, nesse caso, é o grande interesse do público por qualquer pessoa envolvida em fatos midiáticos, que pode se tornar “celebridade” da noite para o dia. 

Se por um lado, são inúmeras as vantagens das mídias sociais e das redes sociais para encurtar distâncias e proporcionar interação social, por outro lado, vejo como uma grande desvantagem a massificação das informações, com a consequente falta de filtros, o que facilita a difusão de conteúdos na mídia gerados por qualquer motivo. 

Assim, é grande a facilidade de pessoas estúpidas ficarem famosas. Justamente por isso tem feito sucesso a campanha “Stop Making Stupid People Famous” (Pare de Fazer Pessoas Estúpidas Famosas, na tradução literal). O objetivo do movimento é buscar a melhoria da qualidade dos conteúdos midiáticos, principalmente por meio da promoção da educação e da cultura. Eu, sinceramente, anseio para que isso ocorra o quanto antes. 

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)