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Estado de Minas COLUNA DO JAECI

Cuca, jogadores, Rodrigo e Renato Salvador são os responsáveis pelo bi

'Esse título vem amparado pelo mecenato, que gastou milhões em contratações, para dar o tão sonhado título'


24/11/2021 13:29

Cuca
E o clube deve muito ao técnico Cuca, questionado e execrado por grande parte dos torcedores, que pediram sua demissão no começo do trabalho, que deu a volta por cima, recuperou vários jogadores, e deu sua cara ao time (foto: Pedro Souza/Atlético)

"No Atlético tudo é sofrido, se não, não é Atlético Mineiro". Todos nós já ouvimos essa frase, de muitos atleticanos, durante as competições disputadas. Porém, essa frase, recorrente, não deve fazer mais parte do repertório alvinegro, haja vista a tranquilidade com que o time está ganhando o bicampeonato brasileiro, com oito pontos à frente do segundo colocado, distância essa que chegou a 14 pontos. Em nenhum momento o Galo teve sua conquista ameaçada, e, dessa forma, o torcedor poderia mudar a frase, que a partir de agora ficaria assim: "Tudo no Atlético é conquistado de forma tranquila, sem sofrimento ou sem dilemas, isso é o novo Clube Atlético Mineiro".

E o clube deve muito ao técnico Cuca, questionado e execrado por grande parte dos torcedores, que pediram sua demissão no começo do trabalho, que deu a volta por cima, recuperou vários jogadores, e deu sua cara ao time. Lembro-me muito bem de uma coluna que escrevi, dizendo: deem tempo ao Cuca, que ele lhes dará taças. Conheço o trabalho dele. Sempre começa com dificuldades, até achar o ponto certo, e, quando acha, o título não tem erro. Houve um movimento, principalmente de mulheres, exigindo sua não contratação. Nesse período, troquei várias mensagens e telefonemas com ele, aconselhando-o a não desistir, pois com seu trabalho, ele superaria tudo. E não deu outra. Cuca é bicampeão brasileiro, assim como o Galo, por seus méritos. Já disse que tenho uma máxima de que a participação de um técnico numa conquista, gira em torno de 15%. Porém, este ano, o trabalho de Cuca tem 50% de responsabilidade na conquista. Os outros 50% cabem aos jogadores e ao melhor executivo do Brasil: Rodrigo Caetano.

Foi outro de quem falei muito bem ao presidente, quando queria contratar um executivo. E, em menos de um mês, ele me ligou dizendo que estava encantado com o trabalho de Caetano, e que a diferença para "os outros, era da água para o vinho". Caetano tem história e histórico vencedor. É um cara ético, correto, que não faz conchavos com empresários e que não divide comissões de negociações. Não adianta: aqueles que trabalham de forma desonesta, o mercado expurga e eles ficam sem emprego. Os jogadores falam sobre esse ou aquele executivo que levou grana. Os dirigentes sabem muito bem quem são, os torcedores também. Tem uns que se fingem de "santo do pau oco", que estão milionários, é verdade, mas todo mundo sabe que levaram grana em negociações nebulosas. Mas, há os honestos e sérios. Rodrigo Caetano está nesse rol. O melhor que já vi trabalhar na sua área. Nesse quesito, o Galo está muito bem servido.

Parabenizar os jogadores, e muitos deles deram a volta por cima, como o goleiro Everson, que sofreu até agressões racistas, execrado pela torcida, que mostrou suas qualidades nos momentos mais difíceis. Réver, Zaracho, Sacha, Savarino, Keno, e o próprio Hulk, que começou muito mal no Mineiro, fora de forma e ritmo, mas que também se recuperou, depois de uma briga pública com Cuca, em que exigiu ser titular. Hoje é o artilheiro do Brasileiro com 15 gols, eleito o melhor jogador da competição, mesmo aos 35 anos de idade, sem títulos importantes na carreira, pois jamais jogou em clubes de ponta na Europa. Que me perdoe o Porto, mas o clube português não está no nível de Real Madri, Barcelona, Bayern, Liverpool, City, Juventus e outros menos votados.

E por fim, elogiar o trabalho de Renato Salvador, discreto, que não gosta de aparecer, mas que conhece futebol como poucos. Fã de Jorge Sampaoli, viu o técnico anterior fracassar, mas apostou em Cuca, e o resultado está aí. É Renato o responsável por negociar com os jogadores, como fez com Diego Costa, insistindo em leva-lo para a Cidade do Galo. Você não vê Renato dando entrevistas ou puxando para sim os louros da conquista, mas eu sei o quanto ele trabalhou para que isso acontecesse. Porém, Renato sabe que o Atlético vai precisar caminhar com suas pernas, sem depender de dinheiro que não seja do próprio clube.

Esse título vem amparado pelo mecenato, que gastou milhões em contratações, para dar o tão sonhado título. Porém, a melhor forma de gerir é tornar o clube autossuficiente. Com receitas maiores que as despesas, e um orçamento dentro da realidade do clube e do país. Para o torcedor, entretanto, o que importa é a taça, embora alguns atleticanos digam que não se importam com troféus e conquistas, que para eles só interessa torcer pela instituição, como se a razão de um clube de futebol não fossem as conquistas. Que o torcedor solte o grito de campeão, engasgado na garganta há 50 anos, e que reconheça o trabalho de todos os citados nesta coluna. Não há outra forma de agradecer.

Folga

Sem férias há três anos, vou tirar uma folguinha de hoje até segunda-feira. É thanksgiving aqui nos Estados Unidos, e nesta quinta-feira, comemoramos o Dia de Ação de Graças, feriado mais importante do que o Natal, para os americanos. Um fim de semana abençoado somente aos que são do bem.

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