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Estado de Minas TURISMO E NEGÓCIOS

Eleições 2020: Nas prioridades dos candidatos, tem lugar para o Turismo?

Turismo pode ser protagonista da retomada econômica sustentável, mas é preciso ficar de olho nos candidatos a prefeito porque a participação dos municípios é fundamental


13/10/2020 06:00

(foto: Freepik)
(foto: Freepik)

Se levarmos em consideração o ditado popular “se a vida te der um limão, faça uma limonada”, o setor do turismo, que vem carregando este limão há anos, já deve começar a fazer sua limonada.

Disparado como o setor mais afetado durante a pandemia, segundo pesquisa Sebrae/FGV e também pela percepção de qualquer um que observou o mercado neste período, o turismo pode ser um dos protagonistas de uma retomada econômica sustentável.

E em ano de eleições, é preciso estarmos atentos aos olhares dos candidatos para um setor em que todos têm um discurso na ponta da língua, mas poucos acreditam e investem de verdade.

Já que hoje estou para metáforas, penso que é hora de o turismo renascer das cinzas como a Fênix. Segundo a mitologia, Fênix era uma ave que, ao final de seu ciclo, queimava-se e ressurgia das próprias cinzas, mas mantinha sua essência.

Porém, para este renascimento turístico, é necessário e urgente que sejam deixadas para trás várias práticas já obsoletas e que aconteçam investimentos reais no setor.

Não cabe mais apenas o discurso de que o turismo é economicamente viável, ambientalmente renovável e socialmente sustentável. Para que o turismo seja uma realidade no Brasil, sugiro um olhar atento para as próximas eleições. Sempre ouvimos dizer que apesar de políticas nacionais e estaduais, o turismo acontece mesmo é no município. Então é hora de olhar atentamente quais candidatos estão olhando para o setor além de uma linha no respectivo plano de governo e, após as eleições, uma linha menor ainda no plano diretor. No texto sobre “O que você ganha quando o governo investe em turismo e cultura”, falei sobre a importância dos investimentos no setor.

As atrações do país são incontáveis! Só por alto, são 71 parques nacionais, 10 parques estaduais só em Minas Gerais, mais de 7.300 km de litoral, falando das belezas naturais. E ainda, arquitetura com influências europeias, religiosas, indígenas e tantas outras que vão do clássico ao contemporâneo. Casa de tantos artistas, que seria injusto citar só meia dúzia para caber no texto. Gastronomia tão diversificada que temos tantos países em um! Aqui temos peixe de rio e peixe de mar, feijão tropeiro e feijoada, couve e ora pro nobis, carne de porco e frango caipira. Cada lugarzinho do país tem seu jeito próprio de cozinhar. Isso tudo contra o simplório “fish and chips” inglês, no Reino Unido. Só que por lá eles recebem 34 milhões de turistas estrangeiros por ano, contra nossos míseros 6 milhões, que cabem em apenas um ano de visitas no Coliseu na Itália, por exemplo.

Para aproveitar essa limonada que a pandemia nos permitiu fazer, é necessário que haja investimentos em infraestrutura, mas também em mobilidade. Que a carga tributária do setor seja repensada, afinal a maior parte do turismo é feita por pequenos empresários. Sem falar que os grandes empresários também têm que ser bem corajosos ao investir em turismo por aqui. Já os pequenos empresários, por sua vez, precisam se tornar mais competitivos. Tanto para oferecer seus serviços, como para colocar preço neles. E não adianta reclamar que o custo está alto. Tem que saber organizar os custos, para planejar a receita. Tem que saber atuar de forma associativa para pleitear as necessidades conjuntas do setor, pois não dá para fazer “mochilão” sozinho empreendendo no turismo.

Então, se você pensa que não tem nada a ver com turismo, lembre-se que você pode viajar como o visitante, ou ser visitado como o morador de um município. Que, no caso de Minas Gerais, já é hora de deixamos as “minas” só na história e nos atrativos turísticos, e entendermos que a mineração já não pode ser a única fonte, porque ela seca. E todos têm que trabalhar nessa nova direção, dirigentes e dirigidos. Essa movimentação é que torna o turismo palpável. Mas para isso, os planos de governo municipal devem ir muito além da construção de estradas – que são essenciais, sim – e de um portal bem bonito na entrada na cidade, com a marca do governo que o construiu.

Não adianta falar de turismo e criar uma secretaria municipal só com dois funcionários, e ainda querer resultado. Pior ainda se nenhum deles tiver formação ou atuação na área. Fazer da pasta municipal de turismo apenas uma “fazedora” de eventos, tem muito mais a se fazer. Turismo só pode ser lazer para quem consome, para todo o resto deve ser levado sério. Só assim vejo esse país cheio de belezas naturais, culturais e edificadas, fazendo o turismo se movimentar economicamente, ambientalmente e socialmente.

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