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Estado de Minas ARTIGO

Pós-pandemia?! Será?!!

O risco matemático de novas ondas epidêmicas pelo Corona é de aproximadamente 20% em 2 anos, aumentando progressivamente com o tempo


22/04/2023 06:00 - atualizado 21/04/2023 20:30
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pessoa usando máscara
O SARS-COV2 continua sendo a principal causa de morte por doença infecciosa em todas as faixas etárias (foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press - 18/05/2022)
A vida exige equilíbrio. Assentar e ficar ereto sobre nossos pés são os primeiros desafios. 

A evolução da espécie nos deu essa habilidade.

Caminhar, correr, caçar e explorar nos trouxe até aqui.
Por necessidade de nos movermos e explorarmos o planeta, equilibramos e voamos. 

No momento que escrevo esse texto encontro-me há 10 mil metros de altura, voando a 800 km/h. Magia da tecnologia e da evolução humana.

O mecânico fica lá embaixo. Mas, tudo bem, funciona! Espero!

Entretanto, apesar de todos os avanços que nos permitem atravessar continentes em poucas horas, ainda não aprendemos a nos comunicarmos de forma adequada.

No meu trajeto de Belo Horizonte a Copenhagen, apenas eu e uns três gatos pingados (asiáticos), usávamos máscaras. Pelo visto, decretaram o fim da pandemia e não me avisaram.

Até a SBI (Sociedade Brasileira de Infectologia), alguns dias atrás, fez um evento com o título “ Resistência Bacteriana no pós Pandemia “. 
 
A Dra. Ana Gales (UNIFESP), uma das debatedoras pontuou de forma contundente: - Pós Pandemia?! Terminou?!

Epidemiologicamente, não temos elementos para sair soltando foguetes e queimando máscaras e abandonando de vez, os cuidados que duramente aprendemos.
 
Leia: As cinzas 
 
Não sei se vocês perceberam, mas até o álcool em gel que abundava em todos os locais, agora está desaparecendo. 

A humanidade que ficou por 3 anos, literalmente “com álcool na mão”, esqueceu rápido do sufoco que passou. Ou melhor, que não passou.

Na maioria dos estados brasileiros e países europeus a incidência permanece entre 50 e 100 casos por 100 mil habitantes.

O SARS-COV2 continua sendo a principal causa de morte por doença infecciosa em todas as faixas etárias, aqui e acolá.
 
Leia: Ele voltou! 

Os vacinados com a vacina bivalente atualizada para a variante Ômicron atingiram até o momento apenas 25% da população alvo. Além disso, a proteção contra infecções sintomáticas é baixa após 4 meses.

O risco matemático de novas ondas epidêmicas pelo Corona é de aproximadamente 20% em 2 anos, aumentando progressivamente com o tempo, caso não surjam tecnologias potentes para contê-lo.

A conclusão é que o mundo cansou de se proteger contra o vírus e chutou o pau da barraca.

Nos aviões, aeroportos e metrôs, as pessoas mergulham nos seus celulares e se entregam ao devaneio digital. 
 

De bebês a noventões, todos de celular nas mãos, absortos pelo brilho das telas e da vida que brota do silício e do silêncio.

A vida na ponta dos dedos. 

Há vida em nossas mãos, com certeza.

Aprendemos a andar e voar na velocidade do som, mas falta luz para nos comunicarmos uns com os outros. 
 
Como dizia o velho guerreiro, “quem não se comunica, se estrumbica”.

Parece que não aprendemos nada com uma pandemia que matou mais de 6 milhões de pessoas no planeta.

De qual catástrofe e de quantas pandemias precisaremos para nós percebermos “one planet” e “one health”?!

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