(none) || (none)

Continue lendo os seus conteúdos favoritos.

Assine o Estado de Minas.

price

Estado de Minas

de R$ 9,90 por apenas

R$ 1,90

nos 2 primeiros meses

Utilizamos tecnologia e segurança do Google para fazer a assinatura.

Assine agora o Estado de Minas por R$ 9,90/mês. ASSINE AGORA >>

Publicidade

Estado de Minas

Não deixe a pandemia estragar o seu apetite

Veja dicas da nutróloga Marcella Garcez para manter uma alimentação saudável nestes dias complicados


05/08/2020 04:00 - atualizado 05/08/2020 07:56

(foto: Pixabay)
(foto: Pixabay)
Neste período sem precedentes, em que a pandemia nos deixa esgotados mentalmente, todos estamos processando o estresse de maneira diferente. E há um impacto dramático disso em nossos hábitos alimentares. 

“As alterações emocionais são as principais responsáveis pelos comportamentos alimentares equivocados em tempos de pandemia. Muitos buscam o conforto de suas emoções nos alimentos e bebidas, muitas vezes se encaminhando para consumos compulsivos. Outros, por insegurança e desinformação, restringem o consumo de grupos ou quantidades alimentares importantes para a manutenção da saúde no momento atípico. Rodeadas de problemas e preocupações, há pessoas que simplesmente esquecem de se alimentar por longas horas ou dias”, alerta a médica Marcella Garcez, diretora e professora da Associação Brasileira de Nutrologia.

Nesse último caso, não importa o quanto de comida você prepara ou tenta abastecer a casa com alimentos necessários para manter o corpo saudável, ainda assim é difícil manter um apetite saudável. “Se for esse o caso, inicie o processo de recuperação do apetite, identificando seus estressores. Depois disso, avalie as maneiras pelas quais você pode reduzir o estresse – seja pedindo ajuda médica e psicológica ou buscando controlar esse estresse”, completa a médica.

Marcella diz que a perda de apetite pode ser uma resposta de luta ou fuga do corpo ao estresse e à ansiedade agudos. A longo prazo, algumas pessoas podem recorrer à comida como fonte de alívio emocional. Fique atento à forma como o estresse afeta seu corpo especificamente. A médica dá algumas dicas de como enfrentar problemas alimentares:

Definir uma programação – Se você ainda tiver dificuldades depois de dar os primeiros passos para restaurar o apetite, tente fazer uma programação ou definir um alarme, como um lembrete para comer. “Comece com os alimentos que você é capaz de tolerar e certifique-se de beber água regularmente”, diz a médica.

Concentre-se em alimentos fáceis de digerir – É bom encontrar o equilíbrio entre o que você gosta de comer e o que será fácil para o corpo digerir. “Quando a ansiedade aumenta, às vezes a perda de apetite vem acompanhada de náuseas”, adverte a médica. Se o que você está comendo é desagradável, vale a pena mudar. Outro ponto importante: no período de alto estresse, evite o autojulgamento. “Dê a si mesmo um pouco de prazer. Se deseja alimentos que normalmente não come, permita-se apreciá-los. Podem ser exatamente o que o corpo precisa. Às vezes, a comida traz lembranças agradáveis, uma espécie de nostalgia que faz com que nos sintamos melhores”, diz.

Aposte nos temperos – O uso de ervas aromáticas e especiarias para acentuar sabores e aromas pode ser uma ótima estratégia. Pimentas devem ser utilizadas sem exagero. “Podemos usar ervas aromáticas como salsa, cebolinha, coentro, manjericão, tomilho, alecrim, manjerona, alfavaca e orégano, além de especiarias como cúrcuma, gengibre, canela, mostarda, raiz forte, canela, cravo e pimentas, assim como alho e cebola. Eles acentuam o sabor dos alimentos, sem impactar negativamente em sua qualidade, e ainda apresentam características anti-inflamatórias, antioxidantes e de reforço ao sistema imunológico”, informa a doutora Marcella Garcez.

Experimente boas lembranças – Tente um “comfort food”, ou seja, considere comer algo de que você já gostou quando estava em momentos com as pessoas que ama. Vários alimentos podem ser considerados comidas de conforto, porque a sensação está vinculada a experiências individuais. Podem ser pratos caseiros, receitas de família, sobremesas tradicionais e alimentos saudáveis com composição, textura e temperatura agradáveis. “Esse conceito ganha cada vez mais adeptos no mundo, na linha contrária a fast foods e receitas superelaboradas. Essa comida simples, afetiva e confortável mexe com a memória, é ligada às boas lembranças. Traz aconchego ao remeter ao aroma da cozinha da infância, a momentos e experiências especiais. Ela confere inúmeros benefícios à saúde”, destaca a médica.

Busque aconchego nos amigos – Se a perda de apetite persiste, é importante considerar o apoio externo. “As pessoas devem perceber como está a saúde mental. Com o apoio de um terapeuta, você pode aprender novas habilidades que o ajudarão a lidar com o estresse, a fim de garantir que você coma, durma e funcione da melhor maneira possível”, diz a médica. “Mesmo que seja virtualmente, converse com amigos por meio de brunch virtual. Todos podem fazer aperitivos como se estivessem juntos num restaurante. É uma forma de obter um sentimento positivo”, sugere a especialista.


*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)