Quatro em cada dez pessoas vão ter hemorroidas em algum momento da vida. O problema é mais comum entre os 30 e 60 anos e, quando não é cuidado da forma certa, pode se tornar uma condição que afeta a qualidade de vida por muito tempo, com dor, sangramento, desconforto e insegurança.
Embora fatores genéticos tenham influência, hábitos como prisão de ventre, esforço para evacuar, tempo prolongado sentado no vaso sanitário e até a forma de higiene íntima estão entre os principais agravantes. A alimentação também tem papel essencial na prevenção e no controle dos sintomas.
De acordo com a coloproctologista Aline Amaro, da Clínica Primazo, manter uma dieta equilibrada é fundamental para o bom funcionamento intestinal e para reduzir o desconforto. “Os alimentos ultraprocessados, pobres em fibras e ricos em gorduras, açúcares e conservantes, como embutidos, fast food, salgadinhos e refeições prontas, dificultam o trânsito intestinal e favorecem crises de hemorroida”, explica.
A especialista destaca ainda que carnes vermelhas e laticínios gordurosos devem ser consumidos com moderação. “Esses alimentos retardam o funcionamento do intestino, o que pode agravar a prisão de ventre”, afirma. Segundo ela, café, álcool e condimentos fortes também devem ser evitados, pois irritam a mucosa anal e aumentam o desconforto.
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A médica esclarece que a pimenta, embora não cause hemorroida, pode piorar os sintomas em quem já tem a doença. “Ela não é a vilã, mas intensifica a ardência e a coceira”, pontua. O consumo excessivo de sal também merece atenção, já que “favorece o inchaço e a congestão venosa na região anal”.
Para evitar crises, a Aline recomenda uma alimentação rica em fibras, com frutas, verduras, legumes, cereais integrais e sementes. “Esses alimentos ajudam a manter as fezes macias e facilitam a evacuação. Além disso, beber pelo menos dois litros de água por dia é essencial para o bom funcionamento do intestino”, orienta.
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Outros cuidados também fazem diferença:
- Mastigar bem os alimentos
- Respeitar o momento de ir ao banheiro
- Evitar permanecer muito tempo sentado no vaso sanitário
A coloproctologista reforça a importância de buscar ajuda médica ao primeiro sinal de sangramento, dor ou coceira. “Cuidar da alimentação é um dos pilares do tratamento e pode reduzir significativamente as crises, melhorando a qualidade de vida”, finaliza.
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