RELAÇÃO SAUDÁVEL

Comer bem tem a ver com prazer: a nova nutrição que escuta o corpo

Nutricionista explica como o prazer alimentar pode melhorar o metabolismo, a saciedade e a relação com a comida

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No universo da nutrição, ainda persiste a ideia de que comer bem exige regras rígidas, sacrifício e autocontrole constante. Mas a ciência vem mostrando que essa abordagem, além de ineficaz a longo prazo, pode prejudicar a saúde mental e metabólica. Para a nutricionista e pesquisadora Sophie Deram, comer bem tem a ver com prazer — e é justamente ele que pode ser o maior aliado de uma alimentação equilibrada.

“O prazer alimentar é uma função biológica. Ele estimula a produção de neurotransmissores como a dopamina e a serotonina, que não apenas trazem bem-estar, mas também regulam a saciedade e o comportamento alimentar”, explica Sophie, que é autora de livros sobre o tema e coordena o projeto de genética do Ambulatório de Transtornos Alimentares do Instituto de Psiquiatria da USP.

Ao contrário do que se imagina, o prazer não leva ao exagero — ele é o que permite parar de comer com satisfação, sem compulsão. “Dietas que eliminam esse componente transformam a alimentação em um campo de batalha. Comer precisa ser um momento de conexão, não de punição ou de restrição - este que traz também o sofrimento”.

Sophie Deram, nutricionista e pesquisadora
Sophie Deram, nutricionista e pesquisadora Vincent Bosson Photography/Divulgação

A nutricionista defende uma abordagem afetuosa da nutrição, que respeita os sinais do corpo e promove o bem-estar integral. “Quando comemos com prazer, digerimos melhor, metabolizamos melhor e mantemos uma relação mais saudável com a comida. Isso tem impacto direto na saúde física e emocional. Em países em que o ‘comer’ é também uma manifestação social, abordar a nutrição com consciência é fundamental”, comenta.

A proposta faz parte de um movimento mais amplo de revisão da nutrição tradicional, e cada vez mais reconhecido por profissionais da saúde e pesquisadores. “Precisamos parar de enxergar a comida como vilã. O corpo sabe o que precisa — cabe a nós reaprender a escutá-lo”, afirma Sophie.

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