
Fogos de artifício podem ser estressantes para pets e pessoas; como lidar?
Especialista indica algumas ações que podem ser tomadas para minimizar os problemas
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Siga noFogos de artifício estão no topo dos medos que cães sentem de barulhos altos: em um estudo conduzido por pela Escola de Ciências Veterinárias da Universidade de Bristol, no Reino Unido, esse foi o maior motivo de aflição apontado por 83% dos 3.897 tutores. Segundo os relatos, quando submetidos a esses ruídos, os cães tendem a fazer sons, tremer, ou se sacudir, tentar se esconder e aparentam buscar proteção de quem confiam.
O fim de ano, época na qual duas datas tendem a contar com queima de fogos: o Natal e o Ano-Novo, podem trazer à tona esse estresse e desorientação a animais; os domésticos podem inclusive fugir de suas casas. Além dos bichinhos, pessoas mais sensíveis ao som, como idosos e neurodivergentes, também podem sentir apreensão e desconforto.
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Marco Aurélio de Paula, fundador e CEO da GRM Acústica e do Instituto da Acústica, indica algumas ações que podem ser tomadas para minimizar esses problemas. “A ação mais óbvia é manter janelas e portas fechadas, mas o que às vezes as pessoas não lembram é de fechar também as cortinas. Aquelas mais grossas, especialmente as do tipo ‘blackout’, conseguem trazer mais uma camada de absorção e eventualmente bloqueio contra a propagação de sons”, orienta.
“Pode-se usar também dispositivos de som ambiente que mascaram ruídos externos e quem puder investir em medidas de isolamento acústico terá ainda mais proteção. Casos mais críticos podem exigir barreiras, como a instalação de janelas acústicas”, complementa.
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Do lado de quem está planejando uma confraternização, seja uma festa familiar ou um encontro com públicos maiores, é possível também ter a conscientização e buscar maneiras de mitigar os ruídos emitidos, com músicas altas e conversas mais animadas. “É possível fazer o planejamento acústico de um evento, seja qual for o seu tamanho. Um projeto personalizado de isolamento acústico, com laudos técnicos de conformidade com as normas brasileiras, vai, além de evitar problemas com vizinhos e mesmo com os próprios participantes da comemoração, garantir tranquilidade caso alguém faça uma denúncia”, alerta Marcos.
O profissional lembra também sobre a norma NBR 10.151, que regulamenta horários e intensidade de ruídos. Além dela, há leis municipais de silêncio. "Vale se atentar às regras de convivência estabelecidas em um condomínio, que continuam valendo mesmo neste período de férias e recessos”.
Seja qual for a situação, Marco recomenda que o diálogo seja abraçado. “Quem mora nas proximidades dos locais nos quais costuma haver celebrações do tipo pode procurar os organizados e alinhar expectativas e horários, bem como incentivar o uso de fogos silenciosos, já disponíveis no mercado”.
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