A ausência do governador Romeu Zema (Novo) em mais uma agenda do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em Minas Gerais voltou a ser notada por opositores. Na tarde desta quinta-feira (11/12) ministros, prefeitos e vereadores mineiros se reuniram em Belo Horizonte para a abertura da Caravana Federativa, programa do Governo Federal.

Em entrevista coletiva, o ministro de Minas e Energia, Alexandre da Silveira (PDT), comentou a falta do chefe do executivo mineiro no evento.

Para Silveira, Zema se isolou em um projeto pessoal político e, por isso, deixou de negociar com a União para possíveis repasses e melhorias para o estado. Conforme o ministro, apesar do posicionamento do governador, o espaço sempre esteve aberto pelo presidente e os titulares das pastas federais.

“O governador não implementou nenhum projeto. Não procurou as lideranças políticas, não foi a Brasília para poder fazer diálogo, ficou o tempo todo fazendo só crítica porque ele tinha um projeto pessoal político”, afirmou.

Além disso, o chefe da pasta afirmou que, durante a corrida presidencial, Zema terá que apresentar quais projetos implementou em Minas. “O governador Zema foi alertado por mim, antes mesmo de eu assumir o ministério, que ele devia descer do palanque e governar Minas”.

Como está a pré-candidatura de Zema?

Zema lançou sua pré-campanha em agosto com o slogan “O Brasil primeiro” e tem apostado em um discurso de oposição ao PT. Nessa quinta-feira (10/12), ele reforçou que não pretende antecipar sua saída do cargo para se dedicar à campanha de 2026.

O governador afirmou que permanecerá na cadeira até “muito próximo” do prazo-limite estabelecido pela legislação eleitoral, em 4 de abril, descartando qualquer movimento antecipado para iniciar a agenda.

“Eu tenho mais quatro meses pela frente, né? Quatro meses passam rápido", disse Zema, na manhã dessa quarta-feira (10/12). A fala foi uma resposta às especulações de que estaria adotando um tom de despedida em recentes aparições públicas.

‘Hora da verdade’

Em entrevista exclusiva ao programa EM Minas, do Estado de Minas, Portal Uai e TV Alterosa, exibida nesta quinta-feira (11/12). O presidente Lula desafiou o governador de Minas Gerais para possíveis debates durante a campanha presidencial de 2026 e afirmou que o próximo ano será a “hora da verdade” e o mineiro terá que dizer o que foi feito no estado.

“Se ele for candidato e eu for candidato, a gente vai estar num debate em que ele vai dizer as proezas dele em Minas Gerais; eu vou dizer as minhas realizações no Brasil e vou mostrar o resultado das coisas”, disse o presidente. “Quem fez mais política de inclusão social em Minas Gerais, o governo do estado ou o governo federal? Quem é que cuida dos pobres nesse estado? Ele vai ter chance de provar”, completou.

Lula também observou que, se o confronto ocorrer nas urnas, pretende apresentar o impacto de suas políticas de inclusão social em Minas e compará-las ao desempenho do governo estadual. Segundo ele, caberá ao eleitor definir “quem cuida dos pobres” no estado.

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“É uma diferença muito grande. Ele vai ter que ir para a rua, vai ter que convencer o povo, vai ter que explicar o que ele fez em Minas Gerais, sabe? E eu, sinceramente, prefiro comer um pão com mortadela do que comer banana com casca. Eu desde pequeno aprendi a descascar banana”, completou.

O EM Minas é uma produção da TV Alterosa, do Portal UAI e do jornal Estado de Minas. O programa é conduzido pela jornalista Carol Saraiva. São entrevistados os principais nomes da cena política e do setor produtivo, destaques em âmbito nacional e local.

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