A maioria dos eleitores (67%) avalia que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) deveria "abrir mão e apoiar outro candidato" nas eleições de 2026, em vez de manter a própria candidatura. Por outro lado, 26% dos entrevistados defendem que o ex-presidente deve "manter a candidatura". Outros 7% não souberam ou não responderam. Os dados são da nova pesquisa Genial/Quaest, divulgada nesta quinta-feira (13/11).

Apesar da simulação, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) está inelegível por determinação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), portanto, não pode concorrer as eleições de 2026. Bolsonaro também cumpre prisão domiciliar enquanto aguarda a definição do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre o regime de cumprimento da pena imposta no inquérito do golpe.

Embora a maioria ainda prefira que Bolsonaro atue como apoiador, os números de novembro mostram um fortalecimento da tese de sua candidatura própria em relação ao mês anterior. Segundo o levantamento, o percentual dos que preferem que Bolsonaro indique outro nome caiu 9 pontos percentuais (era 76% em outubro). No mesmo período, a fatia que defende a manutenção de sua candidatura subiu 8 pontos (era 18% em outubro).

A pesquisa ouviu 2.004 eleitores presencialmente entre os dias 6 e 9 de novembro. A margem de erro estimada é de 2 pontos percentuais.

Por que Bolsonaro ficou inelegível?

  • Decisão do TSE: Em 30 de junho de 2023, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) declarou Jair Bolsonaro inelegível por oito anos, por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação.
  • Reunião com embaixadores: O caso teve origem em 18 de julho de 2022, quando o então presidente reuniu diplomatas no Palácio da Alvorada e fez ataques às urnas eletrônicas e ao processo eleitoral brasileiro.
  • Transmissão oficial: O encontro foi transmitido pela TV Brasil, emissora pública, e amplamente divulgado nas redes sociais de Bolsonaro, ampliando o alcance das falas.
  • Ação do PDT: O PDT entrou com uma Ação de Investigação Judicial Eleitoral (Aije), pedindo a inelegibilidade do ex-presidente por desequilíbrio no pleito.
  • Relatório e parecer: O relator, ministro Benedito Gonçalves, analisou a reunião e outras declarações de Bolsonaro contra o sistema eleitoral. O Ministério Público Eleitoral emitiu parecer favorável à condenação.
  • Julgamento no TSE: Após quatro sessões, o plenário decidiu por 5 votos a 2 pela inelegibilidade, deixando Bolsonaro fora das próximas três eleições.

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Por que Bolsonaro está em prisão domiciliar?

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