Política

PL e filhos de Bolsonaro articulam reação à prisão do ex-presidente

Parlamentares da extrema-direita se mobilizam no congresso para iniciar nova pressão por anistia para que o ex-presidente possa concorrer em 2026

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BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - O PL deverá fazer uma nova ofensiva no Congresso para destravar a tramitação do projeto de lei que dá anistia aos condenados pelos ataques golpistas do 8 de Janeiro, em uma reação à prisão de Jair Bolsonaro (PL), que ocorreu neste sábado (22/10).

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A estratégia foi discutida em reunião nesta segunda-feira (24/10) com a participação de Michelle Bolsonaro, e de Carlos, Jair Renan e Flávio Bolsonaro - filhos do ex-presidente -, além do presidente da sigla, Valdemar Costa Neto, e de deputados e senadores da legenda.

De acordo com Flávio, a prioridade número 1 será fazer avançar na Câmara o projeto de lei da anistia. Ele afirmou que, a partir de agora, o "objetivo único" da oposição será a aprovação da matéria. Flávio disse ainda que o PL não aceita discutir dosimetria e que o partido não fará esse tipo de acordo.

"Sempre deixamos bem claro que esse tipo de acordo (sobre dosimetria) nós não faríamos. O que pedimos é que a democracia prevaleça: o relator pauta a redação como ele bem entender e nós vamos usar os nossos artifícios regimentais para aprovar a anistia. O que vai ser aprovado, o texto final, vai para o voto. Não temos compromisso nenhum com dosimetria, nosso compromisso é com anistia e que vença quem tenha mais votos", disse.

De acordo com o senador, a oposição não deverá obstruir os trabalhos do Congresso, instrumento usado em outras ocasiões, justamente porque o grupo quer levar o tema ao debate.

O líder da oposição no Senado, Rogério Marinho (PL-RN), disse que conversou no sábado com o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB). De acordo com o senador, Motta está consultando líderes para avaliar a viabilidade de discutir o tema.

"Todos nós estamos fazendo todo o esforço possível, conversando com outros líderes de outros partidos, para que esse debate seja desinterditado. Queremos que o Parlamento cumpra o seu papel. Não obrigamos ninguém e nem queremos compromisso de mérito. Não dá para o Parlamento ficar à mercê de outro Poder".

Nos últimos dias, Motta vinha sinalizando que o tema poderia ser levado à discussão nesta semana. O próprio relator, Paulinho da Força (Solidariedade-SP), disse ao jornal Folha de São Paulo, no sábado (22/10), que a prisão preventiva do ex-presidente deveria dar novo impulso ao projeto, afirmando que ela facilitaria "a negociação da dosimetria".

Após a divulgação de vídeo que mostrou Bolsonaro admitindo que fez uso de "ferro quente" para tentar abrir a tornozeleira eletrônica, no entanto, integrantes do centrão passaram a enxergar dificuldades de qualquer assunto relacionado à anistia ou à dosimetria avançar no Congresso. A expectativa é que o tema seja discutido na reunião de líderes com Motta nesta terça (25).

Segundo Marinho, está ocorrendo um "amadurecimento" do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), e de Motta sobre a necessidade de discutir o tema, até para que "os parlamentares possam dizer de que lado eles estão e o que eles defendem". Marinho disse ainda que o líder da oposição na Câmara, Zucco (PL-RS), se reuniu com Motta nesta segunda para discutir o assunto.

'Alinhamento estratégico'

O encontro de integrantes do PL nesta segunda, originalmente previsto para terça (25), foi antecipado devido à prisão preventiva de Bolsonaro no sábado (22/10). Segundo nota enviada à imprensa, o motivo da reunião era tratar de "alinhamento estratégico e próximos encaminhamentos do partido".

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A Polícia Federal prendeu preventivamente Bolsonaro na manhã de sábado (22), na reta final do processo da trama golpista. Ele está na superintendência da Polícia Federal em Brasília. A PF decretou prisão preventiva, sob a justificativa de garantia da ordem pública diante de uma vigília convocada por Flávio.

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