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ELEIÇÕES 2024

Engler admite indicações políticas, mas desde que sejam ‘técnicas’

Candidato do PL em Belo Horizonte, Bruno Engler afirma que não teria problema em aceitar indicações de grupos políticos caso seja eleito prefeito

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O deputado estadual Bruno Engler, candidato do PL no segundo turno da disputa pela Prefeitura de Belo Horizonte (PBH), negou que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) tenha pedido algum tipo de contrapartida ou indicação em um eventual secretariado para apoiá-lo. Faltando menos de duas semanas para a votação final, o bolsonarista deu uma série de entrevistas para veículos locais e nacionais nesta quinta-feira (17/10).

Em sabatina ao programa CNN 360º, Engler afirmou que não teria problema em aceitar indicações dos grupos políticos que o apoiam, desde que os nomes sejam “técnicos” e tenham a “ficha limpa”. “O presidente Bolsonaro nunca me pediu nada na prefeitura para me apoiar, ele me apoia por alinhamento ideológico. Mas sigo o exemplo dele, que fez o ministério mais técnico da história do Brasil”, disse.

Ao citar ex-ministros de Bolsonaro, Engler fez elogios ao governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), que durante a gestão do ex-presidente ocupou a pasta da infraestrutura. O candidato também citou a senadora Tereza Cristina (PP-MS) e lembrou que ela chefiou o Ministério da Agricultura por indicação da bancada ruralista.

“Vamos fazer indicações técnicas. A gente não tem problema de compor com esses grupos políticos que caminham conosco, desde que as pessoas tenham currículo técnico e moral ilibada para trabalhar na Prefeitura de Belo Horizonte”, declarou.

Engler recebeu 435.853 votos em uma disputa com dez candidaturas no primeiro turno. O resultado rendeu ao candidato o primeiro lugar na votação o colocando à frente do atual prefeito Fuad Noman (PSD) por quase 100 mil eleitores. Apesar da vantagem, o bolsonarista negocia o apoio dos outros candidatos da direita.

O partido Novo do governador Romeu Zema, que compôs a chapa do deputado estadual Mauro Tramonte (Republicanos), terceiro colocado com 192.991 votos, é uma das alianças que deve ser fechada. Engler teve um encontro com Zema na quarta-feira e, segundo o candidato, faltam detalhes para uma “parceria”.

O bolsonarista ainda negou que o governador de Minas Gerais estaria tentando modular seus discursos para um eleitorado de centro-direita como contrapartida para o apoio. “O governador não quis interferir no meu discurso, interferir na minha campanha. Ele me parabenizou pela votação no primeiro turno, e faltam alguns detalhes. Tudo de maneira muito tranquila, até porque nós temos um alinhamento em visão de mundo”, emendou Engler.

'Lula não precisa de amigos'

O candidato do PL ainda reafirmou sua oposição ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e disse que não gosta da maneira como o petista faz política. Contudo, Engler também ressaltou que será preciso estabelecer um diálogo federativo com o Palácio do Planalto, caso seja eleito.

“Acho que o Lula não está precisando de mais um amigo, eu também não estou. Só que o prefeito de Belo Horizonte precisa conversar com o presidente da República, e nisso eu me espelho muito no Tarcísio. Ninguém nega que ele é de direita, bolsonarista, mas quando precisa resolver os problemas do Estado ele se senta com o presidente. Em BH não será diferente”, explicou o candidato do PL.

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Engler ainda voltou a reforçar que o petista será presidente apenas nos dois primeiros anos do seu possível governo, e que nos últimos dois não é possível prever o próximo chefe do Planalto. Nesse sentido, o deputado mineiro ressaltou que Jair Bolsonaro é o “grande líder da direita” no Brasil.

O candidato também fez uma série de críticas a Fuad Noman, a quem ele rotula como o candidato do “sistema”, citando a suposta relação do prefeito com empresas de ônibus e grupos políticos que já estiveram na administração da capital mineira. Engler inclusive destacou o apoio de Lula ao adversário no segundo turno como algo negativo, lembrando o envolvimento do petista com escândalos de corrupção.

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