O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL) relata sobre projeto de lei que cria o Programa de Aceleração da Transição Energética (Paten) -  (crédito: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados)

Exoneração do primo do presidente da Câmara foi publicada nesta terça-feira (16/4)

crédito: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados

Um dia depois de uma série de ocupações de propriedades rurais pelo país, o governo atendeu a um pedido do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e exonerou Wilson César de Lira Santos, primo do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), do cargo de superintende regional do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) de Alagoas.

 

Essa era uma reivindicação antiga dos sem-terra, que promoveram ontem 24 invasões em 11 estados, como ações do "abril vermelho", mês de protestos por reforma agrária.

 

A demissão de Lira Santos saiu no Diário Oficial desta terça-feira (16/4). Ele ocupava o cargo desde 2017, no governo de Michel Temer. A exoneração foi assinada pelo presidente do Incra, Cesar Aldrighi.

 

 

A dispensa do superintendente do Incra ocorre em um momento de tensão na relação do presidente da Câmara com o governo, após o imbróglio que envolveu o ministro Alexandre Padilha (Relações Institucionais), alvo de ataques de Lira, um dia após a votação da manutenção da prisão de Chiquinho Brazão (sem partido-RJ), ocorrida na semana passada.

 

O deputado alagoano chamou o ministro de "incompetente" e afirmou que Padilha se tratava de um "desafeto pessoal". O presidente Luiz Inácio Lula da Silva saiu em defesa de seu auxiliar e que, "só por teimosia", o manteria no cargo.