
Rejeição da federalização da Cemig cresce com a escolaridade do mineiro
Pesquisa do instituto Quaest mostra que quanto maior o grau de escolaridade do mineiro, maior é a rejeição da federalização da Cemig
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Siga noO índice de reprovação da federalização da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig), levantado em pesquisa do instituto Quaest divulgada nesta terça-feira (16/4), cresce de acordo com a escolaridade do mineiro. A concessão da empresa ao Governo Federal é uma das medidas avaliadas nas negociações para a repactuação da dívida do Estado com a União, avaliada em R$ 162 bilhões.
Segundo a pesquisa, a medida é rejeitada por 46% dos entrevistados que têm até o ensino fundamental completo. Entre aqueles com o ensino médio incompleto ou completo, o índice é de 48%. Já com o ensino superior incompleto ou completo, a rejeição é de 58%.
Em nenhum grau de escolaridade a aprovação da medida supera os 40%, índice encontrado apenas nos entrevistados com ensino médio. Até o ensino fundamental, a aprovação é de 37%, enquanto entre aqueles no ensino superior a avaliação positiva da federalização alcança apenas 32%.
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A rejeição da federalização também cresce de acordo com a renda domiciliar. Entre os entrevistados que recebem mais de 5 salários mínimos, a proposta foi negativada por 54%. Entre 2 e 5 salários mínimos a rejeição foi de 52%. Por fim, entre aqueles que recebem até 2 salários mínimos, 42% desaprovam o modelo de concessão.
A federalização da empresa responsável por gerar e distribuir energia aos lares mineiros é defendida pelos políticos envolvidos na negociação da dívida, uma vez que ela não seria de fato privatizada e continuaria com uma gestão pública. Para abater o débito bilionário, outras empresas como a Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (Codemig) e a Companhia de Saneamento (Copasa) também podem ser negociadas.
No geral, 49% dos 1.506 entrevistados reprovam a medida, enquanto apenas 37% aprovam. No recorte por região, o morador de Belo Horizonte é o que mais rejeita a proposta com 63% de reprovação.
A federalização foi aprovada por apenas 37% dos entrevistados. A margem de erro da pesquisa é de 2.5 pontos percentuais e a confiança é de 95%. Os dados foram coletados entre os dias 4 e 7 de abril.