ENVENENAMENTO NO RJ

'A Mel não levantava, não reagia', diz tutora de cadela envenenada

Polícia Civil abriu investigação nesta segunda para apurar o que teria acontecido com cerca de 40 cães que apresentaram sintomas de intoxicação. Sete morreram

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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A DPMA (Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente) passou a investigar, nesta segunda (10/6), as mortes de cães com suspeita de envenenamento no Bairro Jardim Oceânico, na zona oeste do Rio de Janeiro. Cerca de 40 cães apresentaram sintomas de envenenamento na região e sete animais podem ter morrido em decorrência disso.

A delegacia vai convocar os três tutores que registraram queixa. Os investigadores suspeitam que algum pesticida tenha causado as mortes, mas ainda não sabem se o veneno foi colocado nos canteiros da região com a intenção de matar os cachorros ou se algum condomínio espalhou o veneno simplesmente para combater pragas como ratos.

Juliana Salinas foi a primeira tutora a perder um cachorro há cerca de um mês -a cadela Mel tinha 11 anos. Ela esteve nesta segunda-feira na Cidade da Polícia, zona norte do Rio, onde fica a sede da DPMA.

"A Mel não levantava, não reagia. Fomos fazer os exames e ela estava com caso muito grave de gastrite com hemorragia, pancreatite e o veterinário falou que ela tinha que ficar internada", contou. "Isso foi em uma segunda-feira. Ela não se alimentou, eles tentaram, mas ela recusava. Na quarta ela faleceu".

Juliana disse que então soube de três cachorros que estavam na mesma situação. "Começamos a divulgar [a informação] no grupo do bairro e a veterinária [da Mel] disse que estava atendendo todo dia um caso novo", afirmou.

"A gente não quer que nenhum outro cachorro passe mal, nem crianças. Porque a gente sabe que criança toca em tudo, cai, passa a mão na boca. Alguma atitude tem de ser tomada", acrescentou.

Na sexta (7), o ator Cauã Reymond, que mora na região, postou nas redes sociais que dois cachorros dele tinham sido envenenados. Um deles, chamado Romeu, não resistiu e morreu.

O vereador Dr. Marcos Paulo (PT), presidente da comissão especial de saúde animal da Câmara do Rio de Janeiro, afirmou que uma das hipóteses é que os envenenamentos tenham sido causados por produtos químicos usados pelos condomínios para dedetizar ambientes internos e limpar calçadas.

"Outra hipótese é que uma pessoa esteja distribuindo veneno em canteiros e locais onde os tutores passeiam", afirmou o vereador.

No sábado (8), a Comlurb (Companhia de Limpeza Urbana do Rio) fez uma operação de limpeza nas ruas do Jardim Oceânico para eliminar produtos químicos que possam ter provocado a morte dos cães.

O crime de maus-tratos a animais, quando se trata de cães ou gatos, pode ser punido com dois a cinco anos de prisão, multa e proibição da guarda. Caso o crime resulte na morte do animal, a pena pode ser aumentada em até um terço.

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