
Público passa mal ao assistir ópera com sexo, sangue e piercing
Dezoito pessoas receberam os primeiros socorros durante apresentações teatrais da ópera "Sancta"
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Siga noPelo menos dezoito pessoas se sentiram mal durante uma apresentação da ópera “Sancta”, na cidade de Stuttgart, na Alemanha, no último fim de semana. A peça tinha cenas sensíveis, como a colocação de um piercing ao vivo, relações sexuais reais e grandes quantidades de sangue verdadeiro e cenográfico.
A direção de cena é da coreógrafa Florentina Holzinger. O assessor de imprensa do teatro informou, nessa quinta-feira (10/10), foram feitas 18 intervenções de primeiros socorros nos espectadores. "Mas isso não significa que 18 pessoas desmaiaram ou vomitaram", esclareceu.
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O responsável destacou que os espectadores saíram porque "se sentiram mal", não dizendo exatamente o que as pessoas sentiram. Três pessoas precisaram de atendimento médico de emergência, mas o estado de saúde delas não foi detalhado. A imprensa local disse que houve casos de estado de choque, condição que ocorre quando o organismo não recebe oxigênio suficiente devido a uma circulação sanguínea deficiente.
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Após o ocorrido, o teatro emitiu um alerta em relação à ópera. “A espiritualidade e a sexualidade estão no centro da noite – mas também a crítica à religião e um olhar crítico sobre a violência religiosa e social. Atos sexuais acontecem no palco”, informou no site.
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No palco, há sangue real e falso, processos de piercing e ferimento. O local também alerta para efeitos estroboscópicos (que é quando uma fonte de luz intermitente ilumina um objeto em movimento), som alto e incenso.
A trama aborda a história de freiras que fogem do convento para experimentar o mundo e o sexo. A apresentação já havia sido criticada anteriormente pela Igreja Católica, após uma apresentação em Viena, na Áustria, por apresentar uma “narrativa simplista”.
“Sancta” é baseada em uma ópera de 1920, “Sancta Susanna”, do compositor alemão Paul Hindemith (1895-1963). Na época, a montagem causou polêmica ao retratar o fim da vida de um freira, explorando a relação entre celibato e luxúria no cristianismo, com elementos do Expressionismo e do Romantismo Gótico.
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A artista performática Florentina Holzinger, diretora da nova peça, é conhecida por seus trabalhos polêmicos que exploram corpos femininos e acrobacias dolorosas. Na trama, ela protagoniza cenas intensas de sexo entre duas mulheres, satirizando rituais católicos e lutando conta a opressão sexual das mulheres.
Além de Stuttgart e Viena, a peça também passou por Schwerin, na Alemanha, mas não foram registrados quaisquer incidentes parecidos. Os ingressos se esgotaram em todos os locais.