O homem acusado de assassinar o sargento da Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG), Roger Dias, em janeiro de 2024, irá a júri popular. De acordo com a decisão expedida pela Justiça nesta quinta-feira (11/12), o suspeito, Welbert de Souza Fagundes, responderá por homicídio triplamente qualificado e permanecerá preso preventivamente até o julgamento.
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Na decisão, o juiz de direito considerou sustentáveis as seguintes qualificadoras: recurso que dificultou a defesa da vítima, objetivo de assegurar a impunidade de outro crime e que a vítima era agente de segurança pública em exercício da função. Welbert também responderá pela tentativa de assassinato de outro militar e pelo porte ilegal de arma de fogo.
Os advogados de Welbert alegaram legítima defesa, já que ele teria sido ameaçado pelo policial, mas imagens e áudios de câmera de vigilância não confirmaram essa versão. Assim, o juiz considerou esse argumento improcedente.
Outro argumento da defesa foi o de que o acusado teria problemas psiquiátricos. Um relatório do Instituto Médico Legal (IML) já havia concluído que Welbert tinha preservação das capacidades de entendimento e pleno conhecimento dos próprios atos, mas os advogados alegaram que a perícia teria sido realizada sem autorização judicial ou consentimento do réu. No entanto, a Justiça também rejeitou essa hipótese.
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Geovanni Faria de Carvalho, apontado como comparsa de Welbert, já foi julgado e sentenciado a 13 anos e 7 meses de prisão no último dia 14/8. Ele foi condenado por três tentativas de homicídio contra três policiais militares, que estavam com o sargento Roger Dias no dia do assassinato. Geovanni também foi considerado culpado por outra tentativa de homicídio, ao bater em um motociclista enquanto fugia.
Sargento Dias
O sargento Roger integrava um grupo de militares que foi ao Bairro Novo Aarão Reis, na Região Norte da capital, à procura dos dois homens após o recebimento de denúncia de roubo de veículo. A dupla havia sido beneficiada com a saidinha de fim de ano e não retornou à prisão.
A PM montou operação na Avenida Risoleta Neves, próximo ao Minas Shopping, quando visualizou o carro denunciado com dois indivíduos em seu interior. Os agentes deram ordem de parada para o motorista, que a ignorou e fugiu em alta velocidade. Os militares montaram operação de cerco e bloqueio na região e posicionaram a viatura na rua Trinta e Nove.
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Minutos depois, o carro ocupado pela dupla foi visualizado pela PM, que deu nova ordem de parada e foi novamente ignorada. Durante a nova tentativa de fuga, o condutor desviou da viatura na rua e colidiu com uma motocicleta.
O condutor da moto foi arremessado para fora da motocicleta e caiu no capô do carro ocupado pela dupla. O acusado continuou acelerando o veículo e apenas parou quando perdeu o controle da direção e bateu em um poste. O motociclista foi socorrido e encaminhado para o Hospital Risoleta Neves.
Depois do impacto, Geovanni Faria De Carvalho e Welbert De Souza Fagundes desembarcaram do veículo e fugiram pela avenida no sentido Santa Luzia. Durante a perseguição, o acusado Welbert atirou duas vezes contra o Sargento Roger Dias na cabeça. Outro militar continuou a perseguição, cercou Welbert e atirou contra ele.
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Welbert e o sargento Diasn também foram levados para o Hospital Risoleta Neves, mas o militar morreu alguns dias depois.
