BH: personal trainer investigado por aplicar golpe de R$ 500 mil é preso
O homem de 36 anos é acusado de vender pacotes de treinamento e passar o pagamento várias vezes. Até o momento, 13 vítimas foram identificadas
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Um personal trainer, investigado por aplicar golpes que causaram um prejuízo de aproximadamente R$ 500 mil, foi preso na manhã desta quarta-feira (10/12) no Bairro Nova Suíça, Região Oeste de Belo Horizonte.
O homem de 36 anos aplicava golpes em alunos na capital mineira e em Nova Lima, na Região Metropolitana de BH. De acordo com as investigações, o profissional em educação física, ao vender pacotes de treinos, alegava que havia ocorrido um erro no pagamento, solicitando que o aluno realizasse, novamente, a compra.
“Uma vítima que denunciou afirmou que o valor foi passado três vezes no cartão de crédito, com a desculpa de que tinha dado erro na máquina e, por isso, o personal teria que cancelar a compra e realizar novamente o pagamento”, detalhou Bianca Prado, delegada da Primeira Delegacia Especializada em Investigação de Fraude.
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Além da ilegalidade no pagamento, o homem também não realizava as aulas combinadas no contrato, segundo a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG). Até o momento, a investigação conta com o depoimento de 13 vítimas, sendo a maioria mulheres jovens, muitas delas médicas.
Na maioria dos casos, o investigado abordava as vítimas por meio de mensagens nas redes sociais, oferecendo um pacote de treinos abaixo do preço de mercado. “Ele agia muito em rede de amigos próximos. Dentro dos nossos 13 relacionados, também temos homens médicos e pessoas de outras profissões”, contou a delegada.
Entre as vítimas está uma ex-namorada do personal trainer. Segundo a Polícia Civil, o investigado a teria convencido de realizar um empréstimo de cerca de R$ 100 mil, que não foram pagos por ele.
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No momento da prisão, os policiais também cumpriram um mandado de busca e apreensão na residência do profissional de educação física. No local, quatro máquinas de cartão, dois celulares e um tablet foram encontrados.
O que investigação aponta
Até o momento, os responsáveis pela investigação acreditam que as possíveis fraudes teriam sido motivadas para a arrecadação de dinheiro destinado a jogos eletrônicos e casas de apostas. “Não encontramos nenhum aumento patrimonial significativo na vida do investigado. Ele anda com carro alugado e vive em um apartamento normal, financiado”, explicou a delegada.
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Durante a prisão, o personal trainer negou o crime, mas afirmou estar negociando acordo com as vítimas para o ressarcimento dos pacotes adquiridos por elas. “Ele alegou que uma das vítimas entrou com uma ação cível, que já foi extinta, não reverberou em nenhuma parte criminal e que está fazendo acordo com os alunos para o ressarcimento. Agora, é importante dizer que nenhum desses acordos foram comprovados pelas vítimas”, destacou a delegada.
*Estagiária sob supervisão do subeditor Gabriel Felice