BH: suspeitos de furtos de carros na Região Centro-Sul são presos
Um deles já foi preso 12 vezes pelo crime, sendo três somente neste ano, segundo a Polícia Militar de Minas Gerais
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Dois homens, de 46 e 63 anos, foram presos em flagrante, na madrugada deste sábado (6/12), durante uma abordagem policial no Bairro Serra, Região Centro-Sul de Belo Horizonte. Eles são suspeitos da prática de furto de veículos na região dos bairros Anchieta, Sion, Cruzeiro e Serra.
Segundo a Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG), o homem de 46 anos já foi preso 12 vezes pelo crime, sendo três somente neste ano.
De acordo com dados da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública de Minas Gerais (Sejusp-MG), de janeiro a outubro deste ano, foram registradas 9.483 ocorrências de veículos furtados e roubados em Belo Horizonte. Já no mesmo período do ano passado, houve 9.600 casos na capital.
Em Minas, de janeiro a outubro de 2025, foram registradas 23.627 ocorrências de furto e roubo de veículos, contra 25.753 casos no mesmo período de 2024.
Policiais do 22º Batalhão de Polícia Militar estavam fazendo um patrulhamento na região, depois que um veículo Gol, de cor branca, ter sido furtado horas antes, no Bairro Anchieta, também na Região Centro-Sul.
Segundo o tenente Wederson Silva, que participava da ocorrência, os militares se depararam com os dois homens empurrando um carro Gol cinza, na Rua Venezuela, no Bairro Serra. Ao se aproximarem, os policiais notaram que o homem de 46 anos é conhecido pela prática reiterada de furtos e adulteração de veículos na região.
O outro homem, de 63, se apresentou como tio do mais jovem. Eles alegaram problemas no carro, que era de propriedade do suspeito de 46 anos.
Foram feitas buscas no interior do veículo, e os militares encontraram duas mochilas pretas, placas furtadas de outro veículo, uma quantia em dinheiro, centrais automotivas, chaves e outros materiais usados para a prática de furto e adulteração de veículos.
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Os dois foram presos em flagrante pelo crime de receptação das placas encontradas no carro, além dos objetos usados costumeiramente para furtar veículos.
Monitoramento e prisões anteriores
O tenente explicou que o homem de 46 anos era monitorado pela inteligência da Polícia Militar há algum tempo e foi, inclusive, identificado em imagens de câmeras de segurança em ocorrências de furto anteriores.
O suspeito foi preso, em setembro deste ano, por portar diversos materiais para a prática de furto e adulteração de veículos. Além disso, já foi detido por furto de veículos na região dos bairros Anchieta, Cruzeiro e Sion. Depois de deixar o sistema prisional, em setembro, é suspeito de ter realizado outros crimes semelhantes no entorno. O homem de 63 também é suspeito de ter praticado um furto de veículos na terça-feira (2/12).
Próximo ao local onde os homens foram abordados, os militares identificaram ainda um veículo Gol com placas clonadas estacionado. Ao pesquisar no sistema a placa correta, os policiais verificaram que o veículo tinha queixa por roubo/furto.
Estratégias de inteligência
A Polícia Militar, por meio do Comando do Policiamento da Capital (CPC), em Belo Horizonte, informou, nessa sexta-feira (5/12), que fechou o mês de novembro com uma redução nos registros de furtos de veículos e motocicletas.
Segundo o CPC, houve uma queda de 18% nos furtos de veículos e de 21% no de motocicletas. Em novembro, a corporação fez 2.335 operações de trânsito, que contribuíram para a recuperação de 251 veículos furtados/roubados.
Para atingir esse objetivo o CPC implementou estratégias de inteligência e de emprego operacional. Dentre elas, foi criado, dentro do Batalhão de Policiamento de Trânsito (BPTran), o Núcleo de Prevenção a Furtos de Veículos, que passou a mapear os locais, dias e horários em que os delitos ocorrem. Foi criada ainda uma rotina de blitz e ocupação de pontos com foco na prevenção, segundo a corporação.
Foram destacados também projetos de iniciativas das Companhias de área, como o “Moto segura” no 13º Batalhão e o “De olho na vaga”, no 41º Batalhão.
Por meio do serviço de inteligência, os militares potencializaram a identificação de autores contumazes e estabelecimentos receptores de peças e acessórios sem procedência, realizando operações repressivas voltadas à prisão dessas pessoas.
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Além disso, o governo estadual lançou a operação “Quebra-cabeça”, em parceria com outros órgãos que integram o sistema de segurança pública, como a Polícia Civil (PCMG) e a Coordenadoria Estadual de Gestão de Trânsito (CET-MG), e intensificou fiscalizações em locais suspeitos de desmanches.