Parque Municipal ganhará 30 câmeras de segurança e reforma nas guaritas
Obras fazem parte do convênio firmado entre a PBH e o TJMG. No total, serão investidos mais de R$14 milhões para requalificação e revitalização do parque
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O Parque Municipal Américo Renné Giannetti, no Centro de Belo Horizonte, ganhará mais duas entradas e 30 câmeras para melhorar seu sistema de segurança. As novidades fazem parte do convênio firmado entre a prefeitura da capital e o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), com duração de 60 meses e previsão de investimento de R$ 14.102.618,30 na requalificação e revitalização do parque.
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“Nos últimos meses, nós abrimos três portarias e, com essa requalificação, nós vamos abrir mais duas, dando mais acessibilidade para que as pessoas possam utilizar o parque. Temos em média 35 mil pessoas que passam pelo Parque Municipal por semana, isso demonstra o quanto o parque é um lugar, de fato, de encontro em Belo Horizonte”, disse Gelson Leite, presidente da Fundação de Parques Municipais e Zoobotânica.
O acordo assinado hoje (27), com previsão de início imediato das obras, é resultado de um protocolo de intenções firmado em 2024 devido à instalação de uma escola do Judiciário em um prédio vizinho ao parque, na Avenida dos Andradas. O imóvel, que está em obras após ter a fachada destruída por um incêndio no dia 18 de agosto de 2024, tem previsão de entrega para junho de 2026.
As obras ocorrerão em três fases: a primeira está prevista para ser concluída em março de 2026, enquanto a última deve terminar em 2028. Ou seja, a intenção é que o Parque Municipal já tenha recebido as primeiras benfeitorias quando o edifício do TJMG for inaugurado. Os novos acessos estarão localizados nas avenidas Assis Chateaubriand e dos Andradas, esquina com Rua Ezequiel Dias, totalizando sete entradas para o parque.
A verba destinada ao projeto é do fundo de aparelhamento do Tribunal de Justiça, para uso exclusivo em investimento e custeio de suas atividades. O que sobra é usado em favor da sociedade. “Utilizar esse fundo em um equipamento público como o Parque Municipal é demonstrar que o Tribunal de Justiça quer fazer justiça de maneira mais ampla, contribuindo para o funcionamento da cidade. Somos vizinhos do parque e queremos ele cada vez melhor”, afirmou Luiz Carlos Corrêa Junior, presidente do TJMG.
Espaço de convivência
Apesar de apresentar um bom estado de conservação no geral, ao passear pelo Parque Municipal é possível observar o calçamento dos passeios faltando pedras, além de trincas em alguns caminhos; outros estão muito degradados. A equipe do Estado de Minas também encontrou lixeiras e bancos avariados.
Silvia Ferreira, de 47 anos, mora nas proximidades do parque e considera importante a instalação de mais câmeras no local: “O espaço é público, todos podem usar, mas nem todos respeitam o direito coletivo. Eu vejo barracas, fezes, urina, dejetos… acho a fiscalização nesse sentido vai funcionar nesse sentido também”.
Ela ainda defende a criação de mais espaços de convivência, como mesas, em especial voltados para a terceira idade. “Geralmente, as pessoas dispõem os alimentos em forma de piquenique, mas o idoso não consegue sentar na grama desse jeito. Sinto falta do idoso aproveitar a estrutura do parque”, aponta.
Rodrigo Prado, de 43 anos, espera que, com a reforma, o Teatro Francisco Nunes seja ocupado com mais frequência. “Eu vi um grupo de meninas fazendo pinturas agora há pouco na grama, então este poderia ser um espaço que estimule a cultura, com oficinas de arte e exposições, por exemplo. Esse teatro não tem o uso que poderia ter, poderia ser mais mais interativo”, opina.
Revitalização em etapas
Na primeira fase das obras, está prevista a reforma de uma das portarias do parque, situada na Rua da Bahia, além da instalação de uma nova guarita e da restauração da entrada pela Avenida Assis Chateaubriand. As duas estruturas serão ocupadas por vigilantes particulares. Também está prevista a instalação de 30 câmeras de videomonitoramento, cujas imagens ficarão sob a responsabilidade da PBH.
A segunda etapa prevê obras mais aprofundadas no Parque Municipal, que ainda dependem da conclusão de um estudo técnico preliminar e incluem: a recomposição do piso e do paisagismo dos jardins, substituição de equipamentos - como bancos, lixeiras e bebedouros. O coreto também passará por reforma e as fontes e cascatas serão impermeabilizadas.
Por fim, a terceira e última fase incluirá melhorias no Teatro Francisco Nunes, com a aquisição de novos equipamentos de som e substituição de poltronas. O projeto, que ainda depende de estudo geológico, prevê obras de drenagem e impermeabilização do subsolo, além da recolocação das tomadas dos dutos para a parte superior do edifício.
“É sem dúvida um momento histórico, em que o teatro, que leva o nome de um maestro negromineiro, completa 75 anos. Tem muito simbolismo nesse processo e nosso compromisso é com a utilização plena deste espaço e a priorização da cultura de Belo Horizonte e de Minas Gerais”, declarou Eliane Parreiras, secretária Municipal de Cultura.
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A entrada que dá acesso ao teatro pela Avenida Afonso Pena, que funciona apenas quando há eventos no teatro, terá sua guarita renovada, recebendo nova sinalização e iluminação.