5 tipos de cargas gigantes que já pararam estradas no Brasil
De turbinas a reatores, conheça operações colossais que exigem planejamento especial e despertam a curiosidade por onde passam
compartilhe
SIGA
Uma megaoperação logística para transportar uma peça industrial de 636,5 toneladas, que pode causar lentidão na BR-262 a partir desta terça-feira (25/11), não é um caso isolado nas estradas brasileiras. Essas missões exigem meses de planejamento e mobilizam dezenas de profissionais.
Leia Mais
Esses transportes envolvem estudos detalhados de rotas, reforço de pontes e viadutos, além da coordenação com concessionárias e polícias rodoviárias. Conheça cinco tipos de cargas superpesadas que exigem operações logísticas monumentais no país.
1. Peças para a indústria
O transporte de grandes equipamentos industriais, como prensas para montadoras de veículos ou maquinário para o setor metalúrgico, é comum em eixos rodoviários importantes como o sistema Anchieta-Imigrantes, que liga São Paulo ao Porto de Santos. Essas operações envolvem comboios que podem se estender por dezenas de metros, exigindo interdições programadas e velocidade extremamente reduzida para garantir a segurança e a integridade da carga e da via.
2. Turbinas para usinas hidrelétricas
A construção e manutenção de grandes usinas, como Itaipu e Belo Monte, demandam o transporte de turbinas e geradores com peso e dimensões extraordinárias. Com peças que frequentemente ultrapassam centenas de toneladas, a logística combina o uso de rodovias, com carretas especiais, e hidrovias, com balsas. Em muitos casos, a complexidade é tamanha que estradas precisam ser adaptadas ou até mesmo construídas para permitir a passagem das cargas.
3. Transformadores para subestações
Essenciais para o sistema elétrico do país, os transformadores de grande porte também protagonizam viagens lentas e meticulosamente planejadas. O transporte desses equipamentos, que podem pesar centenas de toneladas, muitas vezes cobre longas distâncias entre estados. As operações podem levar semanas, com o comboio se deslocando preferencialmente à noite e fazendo paradas estratégicas durante o dia para não comprometer o fluxo do trânsito e garantir a segurança.
4. Reatores para refinarias
A indústria petroquímica demanda equipamentos que desafiam os limites da logística rodoviária. O transporte de reatores e colunas de fracionamento, que podem superar os 100 metros de comprimento, frequentemente obriga a remoção temporária de postes, pórticos e fiação elétrica ao longo do trajeto. São cargas cujo peso e dimensões exigem um planejamento de engenharia minucioso para viabilizar a passagem por estradas e cidades.
5. Equipamentos para a indústria de celulose
A expansão da indústria de celulose, especialmente em estados como Mato Grosso do Sul, gera operações logísticas de grande escala. Peças gigantescas, como digestores e caldeiras, são transportadas por centenas de quilômetros desde os portos até as fábricas no interior. Essas jornadas lentas e cuidadosas por rodovias estaduais e federais muitas vezes se tornam um evento, atraindo a atenção dos moradores das cidades ao longo do trajeto.
Peça industrial em Minas
Uma megaoperação logística para transportar uma peça industrial de 636,5 toneladas pode causar lentidão na BR-262, em Minas Gerais, a partir desta terça-feira (25/11). A peça, que tem 5,7 metros de altura, vai passar no acesso vindo da MG-170 (trevo de Moema), a caminho de Edealina (GO).
O equipamento serve para moer calcário e será entregue a uma empresa que fabrica cimento, de acordo com a empresa Cruz de Malta, responsável pelo transporte.
Para garantir a segurança, a operação conta com escolta da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e de equipes especializadas. O planejamento inclui paradas estratégicas em pontos pré-definidos para não comprometer o fluxo de veículos em horários de pico e permitir o descanso dos motoristas envolvidos.
Siga nosso canal no WhatsApp e receba notícias relevantes para o seu dia
Uma ferramenta de IA foi usada para auxiliar na produção desta reportagem, sob supervisão editorial humana.