ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA

A nova geografia do crime: a violência tem migrado para o interior

O ataque que ocorreu em Governador Valadares no último sábado (21/11) acende um alerta sobre a expansão das organizações criminosas

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Três jovens foram mortos, e um ficou ferido, em ataque com mais de 100 tiros em Governador Valadares, no Vale do Rio Doce, na noite desse sábado (22/11). Segundo a Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG), o grupo tinha envolvimento com o tráfico de drogas. A ocorrência acende um alerta sobre a interiorização da violência com a expansão das organizações criminosas.

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O que pode parecer um problema restrito às grandes metrópoles, está presente em cidades menores. Jorge Tassi, criminólogo e advogado, explica que a tendência das organizações criminosas é buscar expansão, especialmente pela possibilidade de outra facção dominar o território antes.

“A competição é eterna, e isso acaba gerando uma dificuldade para toda a sociedade, que fica refém de certa forma, e até mesmo [para] os órgãos públicos porque é extremamente difícil identificar a chegada de uma instituição dessa se você não tiver uma aparato de inteligência fazendo esse acompanhamento” , afirma Tassi.

O criminólogo explica que a expansão das atividades de uma organização criminosa ocorre de maneira violenta. Tassi afirma que, quando uma facção quer assumir um território, ela se alia ou elimina o grupo que já atua na área.

O domínio exercido por uma organização também é feito de maneira violenta, conforme explica o especialista.

O resultado dessa expansão é uma mudança drástica na rotina das cidades interioranas. A tranquilidade dá lugar ao medo, com o aumento de homicídios, assaltos e disputas por territórios.

Ataque em Governador Valadares

Os quatro jovens estavam bebendo e conversando em uma confraternização na calçada de uma casa, em uma região conhecida como “Favelinha” do Bairro Jardim Ipê, em Governador Valadares, quando um carro se aproximou, e os ocupantes começaram a disparar. 

Um dos jovens que morreu foi atingido por mais de 15 tiros, enquanto os outros não tiveram a quantidade de ferimentos confirmada. Conforme a perícia, foram encontrados mais de 100 cartuchos deflagrados na cena, de calibres .380 e 9 milímetros, mais de 30 marcas de tiro apenas no muro da casa, além de marcas em veículos estacionados. 

Segundo a equipe que atendeu a ocorrência, buscas foram feitas na região, e os militares se depararam com um carro que fugiu ao perceber a presença policial. Uma fuga começou, e os ocupantes do veículo descartaram um revólver de calibre 38 pela janela. Não foi possível abordar o carro, mas a atitude e a arma dispensada indicam que ele e os ocupantes têm relação com o triplo homicídio, segundo a polícia.

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Até o momento, os autores do ataque não foram identificados. A polícia trabalha com a hipótese de que os responsáveis sejam membros de uma gangue rival do tráfico. 

*Com informações de Giovanna de Souza

Uma ferramenta de IA foi usada para auxiliar na produção desta reportagem, sob supervisão editorial humana.

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